O Banco PAN, controlado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame), teve um lucro líquido em BRGaap de R$ 191 milhões no quarto trimestre do ano passado. Na prática significa estabilidade ante os R$ 190 milhões de igual período de 2021 e também sobre os R$ 193,3 milhões do trimestre imediatamente anterior. A instituição terminou o ano com patrimônio líquido de R$ 7,7 bilhões, ante R$ 5,8 bilhões em dezembro de 2021.

A margem financeira líquida gerancial do Banco PAN no quarto trimestre somou R$ 1,856 bilhão, uma leve alta de 6% na comparação anual. Assim como todo setor financeiro, as provisões para perdas e recuperação de crédito subiram para R$ 588 milhões, ante os R$ 408 milhões nos três últimos meses de 2021 e os R$ 488 milhões do terceiro trimestre de 2022. Mesmo assim, a instituição vem continuamente ampliando a concessão de crédito: a originação alcançou R$ 9,3 bilhões entre outubro e dezembro, em comparação com R$ 6,9 bilhões um ano antes, e mesmo sobre os R$ 7,7 bilhões do terceiro trimestre.

O Índice de Basileia, indicador internacional a respeito da saúde financeira do banco, fechou o quartro trimestre em 15,6%, ante 15,4% do mesmo intervalo de 2021.

Na mensagem da administração, o banco aponta que entre outubro e dezembro, 66% dos clientes estavam ativos na relação com o banco, o que significa uma alta de 4,7 milhões de usuários em relação a igual período de 2021. Um total de 12,6 milhões de clientes tinham pelo menos um produto de crédito.

No acumulado de 2022, o Banco PAN registrou lucro líquido de R$ 668,3 milhões, uma leve queda de 8%, frente os R$ 727,5 milhões de 2021. A receita com juros, líquida das estimativas de perdas, somou R$ 6,2 bilhões, uma alta anual de quase 13%.