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Banco PAN: lucro do 1º tri fica estável em R$ 193 milhões

Instituição mantém foco em produtos com garantias e segue conservadora na concessão de crédito

Banco Pan (BPAN4) (Banco Pan/Divulgação/Divulgação)

Banco Pan (BPAN4) (Banco Pan/Divulgação/Divulgação)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 4 de maio de 2023 às 07h25.

Última atualização em 4 de maio de 2023 às 07h43.

O Banco PAN (BPAN4), controlado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), teve um lucro líquido de R$ 193 milhões no primeiro trimestre deste ano. O valor ficou perto da estabilidade comparando com os R$ 195 milhões de lucro apurados no mesmo período do ano anterior. O resultado também ficou em linha com os R$ 191 milhões registrados no trimestre passado.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), indicador que mostra a capacidade de um banco em rentabilizar seu capital, ficou em 11,6% no trimestre. No mesmo período do ano passado, o ROE do PAN havia sido de 13,3%.

A margem financeira líquida gerencial foi de R $1,947 milhões, um crescimento de 8% em comparação aos R$ 1,799 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. “Dada a manutenção de nossa estratégia conservadora na emissão de novos cartões de crédito e empréstimos pessoais, nossa margem líquida de custo de crédito permaneceu sólida”, afirmou, em nota, a administração do PAN.

Conservadorismo no crédito

A carteira de crédito do PAN manteve o viés conservador observado em trimestres anteriores. Houve avanço de 8% na comparação anual, para R$ 39,3 bilhões, mas na comparação trimestral a carteira permaneceu praticamente estável. 

A maior parte do portfólio (91%) está voltado para produtos com garantias, considerados mais seguros. O banco dá destaque a operações de financiamento de veículos, que representaram 45% do portfólio de garantias e apresentaram avanço de 17% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. 

A administração reforçou o foco na postura conservadora. “Encerramos mais um trimestre com crescimento consistente, mantendo postura conservadora na concessão de crédito, com foco na originação de produtos colateralizados”, afirmou, em nota, Carlos Eduardo Guimarães, CEO do Banco PAN.

A despesa líquida de provisão de créditos totalizou caiu para R$ 482 milhões, vinda de R$ 558 milhões no trimestre imediatamente anterior e de R$ 506 milhões na comparação anual. Em comparação à carteira, as despesas líquidas de recuperação anualizadas passaram de 5,9% no quarto trimestre do ano passado para 4,9% no primeiro trimestre deste ano.

Já o nível de inadimplência acima de 90 dias fechou março em 7,2%, em linha com os 7,1% registrados no final de 2022.

O PAN encerrou o primeiro trimestre de 2023 com 25,2 milhões de clientes, avanço de 30% na comparação anual.

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