Câmbio: o economista-chefe do Banco Fibra manteve ainda a estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2,3% neste ano e em 2% no ano que vem (REUTERS/Bruno Domingos)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 14h53.
São Paulo - Com a manutenção do seu programa de compras de ativos, decisão tomada na semana passada, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) retardou o processo de normalização das condições monetárias por alguns meses, avalia o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, em relatório distribuído nesta terça-feira, 24, a clientes.
Assim, diz ele, a instituição mantém a "estimativa de depreciação da taxa de câmbio nominal nos próximos anos à medida que o Fed inicie e depois acelere o ritmo de retirada dos estímulos monetários não convencionais que prevaleceram nos últimos anos".
Para Oliveira, o processo de retirada começará apenas em março de 2014. "Projetamos agora taxa de câmbio média de R$ 2,10 por dólar e R$ 2,35 por dólar em 2013 e 2014, respectivamente", diz o economista.
Oliveira manteve ainda a estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2,3% neste ano e em 2% no ano que vem. A taxa de desemprego média, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Fibra, deve atingir pelo menos 6,2% em 2014. "Também mantemos a estimativa para a taxa Selic no final de 2013 em 9,75% ao ano. Avaliamos que o Copom deverá promover duas elevações adicionais na taxa básica de juros em suas reuniões de outubro, em 0,5 ponto porcentual, e novembro, em 0,25 ponto porcentual."