Derreteu: banco prevê desvalorização de papéis da CSN nos próximos meses (Divulgação)
Rita Azevedo
Publicado em 16 de agosto de 2016 às 18h47.
São Paulo — Em 12 meses, as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) podem chegar a ser cotadas a três reais — 72% menos do que valem hoje. Essa é, pelo menos, a previsão do BTG Pactual que, por meio de relatório enviado aos clientes, manteve a recomendação de venda dos papéis.
No documento, o banco comenta os últimos resultados da CSN e diz que ainda há muito a ser feito para a companhia conseguir reequilibrar as finanças. O BTG também diz que a venda de ativos, que poderia ser um alívio nas contas da siderúrgica, está demorando para se materializar.
No segundo trimestre deste ano, a CSN teve prejuízo de 43 milhões de reais — um montante 93% menor que o prejuízo de 614,593 milhões registrado de abril a junho de 2015.
No mesmo período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 576 milhões, 34% mais do que no segundo trimestre do ano passado. A receita líquida totalizou 4,349 bilhões de reais, quase 18% mais do que na mesma etapa de 2015.
No pregão desta terça-feira, as ações ordínarias da siderúrgica tiveram queda de 5,5%, o pior desempenho do Ibovespa no dia, e fecharam cotadas a 10,53 reais cada uma. No mês, as ações já sofreram perdas de quase 5%.
Venda
De acordo com uma fonte da Reuters, a CSN irá anunciar em breve a venda de uma unidade de produção de latas. A transação, segundo fontes da agência de notícias, poderá levantar cerca de 100 milhões de reais para a empresa. A compradora é uma empresa polonesa que não teve o nome divulgado.