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Banco do Brasil (BBAS3): o que esperar do último grande balanço do setor bancário

Estatal é a última entre seus pares a apresentar resultado; balanço sai após fechamento do mercado

BB deve apresentar crescimento no lucro, sem escapar de impacto com provisões (Paulo Whitaker/Reuters)

BB deve apresentar crescimento no lucro, sem escapar de impacto com provisões (Paulo Whitaker/Reuters)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 06h04.

O Banco do Brasil (BBAS3) é o último dos grandes bancos a apresentar seu balanço do segundo trimestre. A divulgação acontece nesta quarta-feira, 10, após o fechamento do mercado.

A expectativa para os resultados cresceu após o Itaú (ITUB4) ter surpreendido o mercado nesta semana. O banco privado reportou um crescimento de 17,4% no lucro líquido recorrente, acima das expectativas do mercado. 

Para o BB, a média da expectativa Bloomberg é de um lucro líquido de R$ 6,299 bilhões, o que representaria uma alta de 25% frente aos R$ 5,039 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, no entanto, o valor representaria uma queda perto de 5% – o lucro foi de R$ 6,613 nos três primeiros meses do ano.

“Esperamos que o lucro líquido recorrente permaneça relativamente estável, com a receita de juros sendo compensada por um aumento nas provisões [para crédito duvidoso]”, afirmaram, em relatório, os analistas do Goldman Sachs.

O banco projetou um lucro de R$ 6,467 milhões para o período – queda de 2% na comparação trimestral e alta de 28% na comparação ano a ano. 

A estimativa é que a receita líquida de juros (NII) avance 6% frente ao início do ano. No entanto, o Goldman estima ainda que as provisões aumentem 28% no segundo trimestre, para R$ 3,5 bilhões. 

O resultado totalizaria um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 17,8%, uma queda de 70 pontos-base no trimestre, mas um aumento de 330 pontos na comparação anual.  

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Os analistas da Genial, por outro lado, esperam um lucro mais robusto de R$ 6,71 bilhões, mesmo com as provisões subindo. O valor representa um crescimento de 33% frente ao mesmo período de 2021 e alta de 1,4% ante o primeiro trimestre.

“Com isso, as chances do mercado revisar estimativas de lucro acima do guidance do BB – de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões – aumentam significativamente. Nós estamos aumentando nossas estimativas de lucro para 2022 para R$ 27 bilhões, acima do guidance da empresa. Esperamos que o banco seja forçado a melhorar o guidance”, afirmaram os analistas da casa em relatório.

A corretora destaca ainda que o papel poderia ser considerado uma barganha não fossem as eleições presidenciais de outubro. 

“Por mais que o banco tenha melhorado sua blindagem contra ingerência política, é sempre possível ter uma mudança completa no alto escalão do BB. E, dependendo do vencedor das eleições presidenciais, as ações do banco devem sofrer grande pressão, independente de seu desempenho operacional”, dizem.

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