Banco do Brasil (BBAS3): ação lidera as quedas do setor bancário (Adriano Machado/Bloomberg)
Beatriz Quesada
Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 14h58.
Última atualização em 2 de janeiro de 2023 às 19h22.
O Banco do Brasil (BBAS3) puxou as quedas do setor bancário nesta segunda-feira, 2, na bolsa de valores. As ações da estatal caíram mais de 4%, em um dia majoritariamente negativo para o Ibovespa.
O motivo da derrocada é a incerteza do mercado quanto aos próximos passos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), empossado na véspera como presidente do Brasil. Em seu discurso de posse, Lula disse que as empresas estatais foram “dilapidadas”.
“Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a cupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas", afirmou o presidente em discurso no Congresso.
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As falas se refletiram na bolsa, e o BB entrou na lista das maiores quedas do dia. Analistas do Goldman Sachs, no entanto, acreditam que o banco não deve sofrer grandes interferências.
“Mantemos nossa visão de que o banco está mais protegido contra grandes mudanças em sua estratégia do que no passado devido à melhorias na governança corporativa", avaliam os analistas do banco.
Também entra na conta a possibilidade de continuidade no comando do banco com a chegada de Tarciana Medeiros como nova presidente do BB.
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“Medeiros será a primeira mulher CEO do Banco do Brasil, com mais de 20 anos de atuação no banco, que deve ajudar a garantir a continuidade [da gestão] e também cumprir o plano do presidente eleito Lula de nomear uma mulher para o cargo”, afirmam.
A recomendação é de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 48 – um potencial de valorização (upside) de 38,2%. A ação do Banco do Brasil está com valor 50% abaixo de seus pares do setor privado, segundo o Goldman.