Invest

Banco Central da Holanda vê prejuízo disparar 660% e culpa juros

Instituição alertou sobre possíveis perdas anuais até 2028

Banco Central Holandês: prejuízo subiu para 3,5 bilhões de euros em 2023. (Getty Images/Getty Images)

Banco Central Holandês: prejuízo subiu para 3,5 bilhões de euros em 2023. (Getty Images/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 09h27.

O Banco Central da Holanda anunciou nesta sexta-feira que seu prejuízo teve um aumento de 660%. A instituição culpou o aumento das taxas de juros pelos números ruins de seu balanço patrimonial.

O prejuízo subiu para 3,5 bilhões de euros (US$ 3,8 bilhões) em 2023, ante um prejuízo de 460 milhões de euros no ano anterior, informou o De Nederlandse Bank, ou DNB, em um relatório publicado na sexta-feira.

"Como as taxas de juros foram aumentadas, nossas despesas com juros subiram. Já a receita com juros quase não aumentou", disse o DNB.

Embora a autoridade monetária tenha que pagar juros mais altos pelos depósitos de credores comerciais, sua receita proveniente de títulos públicos - que aumentou substancialmente com os programas de compra do Banco Central Europeu - não aumentará na mesma proporção.

No ano passado, o BC da Holanda alertou sobre possíveis perdas anuais até 2028, uma vez que o aperto monetário afeta seu balanço patrimonial.

Segundo a Bloomberg, desde a introdução do euro em 1999, o BC holandês teve um lucro total de 22,6 bilhões de euros. Ele pagou 16,2 bilhões de euros na forma de dividendos ao Estado holandês, usando os 6,3 bilhões de euros restantes para reforçar suas reservas.

Suas reservas estão agora em torno de €7 bilhões após dois anos seguidos de resultados negativos.

Acompanhe tudo sobre:HolandaEuro

Mais de Invest

Receita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IR

O que é circuit breaker? Entenda e relembre as ‘paradas’ da bolsa brasileira

15 ideias de fazer renda extra pela Internet

Mutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidas