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Banco Central da Argentina mantém juros em 69,5% e encerra ciclo de alta

A autoridade monetária central argentina considerou um “progresso” no núcleo da inflação mensal em setembro, de 5,5%. Taxa anualizada está em 83%

Banco Central da Argentina (Juan Mabromata/AFP/Exame)

Banco Central da Argentina (Juan Mabromata/AFP/Exame)

O Banco Central da República Argentina (BCRA) decidiu interromper o ciclo de altas da taxas básicas de juros em 69,5%.

Segundo o Banco Central da Argentina, a alta mensal de 5,5% no núcleo da inflação de setembro sinalizou um “progresso” na luta contra a hiperinflação. Todavia, no acumulado do ano, a inflação argentina está em 83%.

No mês passado, a taxa de inflação mensal da Argentina ficou abaixo do esperado, em 6,2%. Um nível mais baixo do que foi registrado em agosto e abaixo das previsões dos analistas, que previam um aumento de 6,7%.

A inflação deverá chegar a 100% até o final do ano, se tornando uma das taxas mais altas do mundo.

Juros na Argentina sobem desde o começo do ano

No início de janeiro os juros na Argentina estavam em 38%, e desde o começo do ano não param de subir. Segundo o comunicado divulgado nesta sexta-feira, 21, pelo Banco Central argentino, "a taxa de referência contribuiu para consolidar a estabilidade financeira e cambial” na Argentina, e seguirá “monitorando a evolução dos preços” em meio à normalização monetária local.

O comitê de política monetária do BC de Buenos Aires salientou que “presta atenção especial à evolução passada e perspectiva do nível geral de preços e à dinâmica do mercado cambial”.

O Banco Central da Argentina também disse estar pronto para utilizar outras ferramentas monetárias como “intervenções destinadas a evitar uma volatilidade financeira excessiva que possa ter um impacto negativo na formação de preços”.

A decisão do Banco Central também atendeu a um pedido do Ministério da Economia de Buenos Aires para que os juros básicos “apresentem uma relação razoável” com os rendimentos de títulos do Tesouro argentino.

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