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Banco aumenta estimativa de preço para ação da BM&FBovespa

BTG já considera como certa a fusão entre a operadora da Bolsa e a Cetip, e prevê receitas mais resilientes para a Bovespa após o possível negócio


	Sede da Bolsa em SP: BTG mantém recomendação neutra para companhia
 (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

Sede da Bolsa em SP: BTG mantém recomendação neutra para companhia (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 23 de março de 2016 às 18h03.

São Paulo - O BTG Pactual aumentou nesta quarta-feira (23) o preço-alvo para as ações da BM&FBovespa (BVMF3), considerando como certa a fusão entre a operadora da Bolsa e a Cetip (CTIP3).

O valor passou de R$ 13,50 para R$ 16 em 12 meses. Os papéis da empresa fecharam hoje valendo R$ 15,29 ---o novo preço-alvo corresponde a um potencial de valorização de 4,64%.

A Cetip recusou no início de março a proposta da BM&FBovespa para comprar a companhia por R$ 41 por ação. Foi a segunda tentativa da Bolsa para comprar a maior central depositária de títulos privados da América Latina.

Em 2015, a BM&FBovespa já havia oferecido R$ 39 por ação para comprar a Cetip, mas a proposta foi negada pela central depositária em dezembro com alegação de não ver a oferta como um valor justo para a operação.

Apesar da recusa em março, a Cetip informou que estava dando aval para seus assessores financeiros e consultores legais iniciarem negociações com a Bolsa para chegarem a um acordo.

"Embora um acordo final ainda não tenha sido alcançado, nosso cenário-base considera que o negócio irá acontecer, com pequeno espaço para grandes mudanças na proposta", disseram os analistas Eduardo Rosman e Gustavo Lobo em relatório.

Segundo eles, "estrategicamente falando, a fusão faz bastante sentido e seria positiva para ambas as empresas no longo prazo". Os analistas ressaltaram que a fusão geraria sinergias de despesas, taxas e desenvolvimento de produtos.

A avaliação é que o negócio tornaria as receitas da BM&FBovespa mais resilientes, especialmente em um cenário em que o seu principal produto ---as negociações no mercado à vista da Bolsa--- está sob pressão.

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