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Banco americano passa a recomendar ação brasileira que subiu mais que a Amazon desde 2000

Otimismo com maior demanda em transmissão e distribuição de energia é um dos fatores que motivaram revisão de preço-alvo e recomendação

Ações em alta: WEG subiu quase 50.000% desde 2000 (oxtain/Getty Images)

Ações em alta: WEG subiu quase 50.000% desde 2000 (oxtain/Getty Images)

Publicado em 8 de julho de 2024 às 17h29.

Última atualização em 8 de julho de 2024 às 18h32.

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O Bank of America revisou a recomendação das ações da WEG (WEGE3) de "neutro" para "compra" em relatório divulgado nesta segunda-feira, 8. O preço-alvo estabelecido pelos analistas foi ajustado de R$ 44 para R$ 52, implicando um potencial de alta de 24% em relação à cotação do último fechamento. As ações da WEG subiram 5% na bolsa, com os investidores reagindo positivamente à recomendação do banco americano.

Exemplo de sucesso da bolsa brasileira, a WEG está listada desde a década de 1970 e foi uma das empresas que mais valorizaram nas últimas décadas. Com uma apreciação acumulada de 49.177% desde 2000, as ações da WEG teriam rendido quase R$ 500 mil nesse período para cada R$ 1 mil investido – retorno que supera os cerca de 5.100% das ações da Amazon nos Estados Unidos.

Na bolsa, as ações da WEG vêm sendo negociadas a um múltiplo próximo de 30 vezes o lucro esperado para os próximos 12 meses, 34% acima da média histórica do papel. Mas, para o Bank of America, o prêmio sobre as ações da companhia é mais que justificado pelo otimismo com o crescimento futuro da empresa, especialmente em transmissão e distribuição de energia. Nos Estados Unidos, apontam os analistas, empresas com exposição semelhante a esse setor estão sendo negociadas a um P/L 44% acima da média histórica.

Por trás do otimismo

"Também esperamos que a WEG se beneficie de ganhos de participação de mercado em motores elétricos, além de aproveitar oportunidades na mobilidade elétrica do Brasil (principalmente no setor de ônibus elétricos e em estações de recarga)", diz o Bank of America. As expectativas do banco são de que a companhia aumentará seu lucro líquido por ação em 11,5% no ano que vem e em 19,2% em 2025.

Os aumentos de preços e margens em transmissão e geração, inclusive, foram um dos fatores que levaram à revisão das estimativas pelo Bank of America. A WEG, afirmam os analistas, está "surfando o início de um ciclo global", assim como ganhando mercado em motores elétricos.

O BofA ainda pontua que a companhia deverá ser beneficiada pela recente desvalorização do real, que deverá dar suporte à receita da companhia no exterior e à margem de exportação. A alta do dólar frente ao real no ano está em 12,8% e a empresa tem 52% da receita vinda do exterior.

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