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Banco abandona recomendação de compra das ações da Cielo

Analistas do Santander também cortam o preço esperado para os papéis da administradora de cartões no fim deste ano


	Prédio da Cielo: ação da companhia tem recomendação cortada pelo Santander
 (Divulgação/Cielo)

Prédio da Cielo: ação da companhia tem recomendação cortada pelo Santander (Divulgação/Cielo)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 2 de março de 2016 às 16h32.

São Paulo - O Santander abandonou a recomendação de compra das ações da Cielo (CIEL3). A avaliação dos papéis passou a ser neutra. 

O banco citou a desaceleração do setor de cartões e o aumento de despesas operacionais da companhia como fatores que motivaram sua decisão.

Em relatório divulgado a clientes na terça-feira (1º), os analistas Henrique Navarro e Daniela Cabral também cortaram o preço projetado para as ações da Cielo no fim deste ano.

O valor passou de R$ 47 a R$ 36. Considerando o preço de fechamento de ontem, de R$ 32,20, a nova projeção do Santander indica um potencial de alta de até 11,8% para os papéis da Cielo. 

Na avaliação dos analistas, há alguns fatores incertos que prejudicam as expectativas para a administradora de cartões. Um deles é a mudança no sistema do Banco do Brasil (BBAS3) para a distribuição de produtos em suas agências. 

Agora, a margem de contribuição dos produtos do BB tem um peso maior no sistema de pontuação do banco. Isso pode impactar negativamente o OuroCard, segundo o Santander.

A Cielo possui 70% da Cateno, empresa criada para receber a receita de intercâmbio do Ourocard. "O recuo de volumes do OuroCard pode afetá-la diretamente", escreveram os analistas. 

Navarro e Daniela disseram que outro fator negativo para a Cielo é o possível acirramento da concorrência no setor de cartões.

Eles citaram as especulações de que a Elo, que pertence ao BB e ao Bradesco (BBDC4), teria cogitado comprar integralmente a Elavon.

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