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Balanços das Big Techs animam e bolsas nos EUA caminham para apagar quedas pós-tarifaço

Investidores comemoram resultados sólidos das de Microsoft e Meta; Amazon e Apple divulgam seus números hoje à noite

Além do bom desempenho das Big Tech, investidores estão mais animados com a possibilidade de uma trégua com o avanço de acordos comerciais entre os Estados Unidos e países que foram taxados em 2 de abril (Robb Miller/Unsplash)

Além do bom desempenho das Big Tech, investidores estão mais animados com a possibilidade de uma trégua com o avanço de acordos comerciais entre os Estados Unidos e países que foram taxados em 2 de abril (Robb Miller/Unsplash)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 1 de maio de 2025 às 11h52.

Última atualização em 1 de maio de 2025 às 13h53.

As Sete Magníficas, ao que tudo indica, estão voltando a fazer jus à alcunha.

O bom desempenho dos resultados de Microsoft, Meta e Alphabet nos primeiros meses de 2025 está ajudando a restaurar o otimismo em Wall Street após as turbulências provocadas pelas novas tarifas comerciais dos Estados Unidos.

Puxado principalmente por uma valorização de quase 9% dos papéis da Microsoft e de cerca de 6% da dona do Facebook e do Whatsapp, as bolsas americanas operam em alta firme e caminham para zerar as quedas vistas desde o tarifaço promovido por Donald Trump no começo de abril.

Com balanços que superaram as expectativas, as três gigantes tecnológicas impulsionaram os principais índices de ações, reforçando a percepção de que o setor segue resiliente — mesmo diante de incertezas macroeconômicas e geopolíticas.

A Microsoft reportou lucro ajustado de US$ 3,46 por ação e receita de US$ 70,1 bilhões no trimestre fiscal encerrado em março, ambos acima do esperado.

O destaque foi a aceleração da receita da nuvem: os serviços da Azure cresceram 33%, frente aos 31% do trimestre anterior, enquanto a receita total da área de nuvem subiu 20%, para US$ 42,4 bilhões.

A empresa também indicou que espera novo avanço na Azure no trimestre atual, com alta de cerca de 34%.

A Meta, por sua vez, surpreendeu com lucro de US$ 6,43 por ação e receita de US$ 42,3 bilhões — uma alta de 16% na comparação anual.

O crescimento de 10% nos preços dos anúncios, bem acima das projeções, ajudou a impulsionar os resultados.

A companhia também revisou para cima seu orçamento anual de investimentos, agora estimado entre US$ 64 bilhões e US$ 72 bilhões, com foco em inteligência artificial e dispositivos.

Na semana passada, o bom humor dos investidores já havia sido alimentado pela Alphabet, que divulgou resultados melhores que o esperado e anunciou seu primeiro dividendo trimestral, além de um novo programa de recompra de ações de US$ 70 bilhões.

Desde a divulgação do balanço, os papéis da dona do Google acumulam alta de mais de 10%.

Ainda nesta quinta, após o fechamento dos mercados, será a vez de Amazon e Apple divulgarem seus balanços. Investidores estarão atentos, especialmente no caso da Apple, a eventuais impactos das tarifas sobre sua cadeia de suprimentos, que depende fortemente de China, Vietnã e Índia.

Segundo analistas, os resultados reforçam a confiança de que, apesar dos riscos regulatórios e geopolíticos, as gigantes de tecnologia seguem entregando crescimento robusto e margens sólidas.

Além do bom desempenho das Big Tech, investidores estão mais animados com a possibilidade de uma trégua com o avanço de acordos comerciais entre os Estados Unidos e países que foram taxados em 2 de abril. Dados de atividade divulgados ontem, como o PIB americano, que mostrou contração, e alívio nos índices de inflação, também reforça a aposta de uma queda nos juros pelo Federal Reserve (Fed).

“Até agora, as Big Tech estão entregando bons resultados, o que é um ótimo sinal”, disse Georgios Leontaris, head de mercados emergentes do HSBC à Bloomberg.

“O outro elemento da história é obviamente o debate corrente sobre se já atingimos ou não o pico de ruído tarifário.”

Na semana passada, o Bank of America soltou um alerta afirmando que ao atual rali das ações americanas é insustentável — e que o respiro de alta é uma boa oportunidade de venda.

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