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Balanço da Netflix, reação à produção da Vale, spin-off da Natura e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais dão continuidade às altas da véspera com resultados do terceiro trimestre no radar

Netflix: empresa divulga balanço nesta noite (Mike Blake/Reuters)

Netflix: empresa divulga balanço nesta noite (Mike Blake/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 07h37.

Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 07h57.

Os mercados internacionais dão cotinuidade ao rali do último pregão nesta manhã de terça-feira, 18, em meio ao otimismo com a temporada de balanços dos Estados Unidos e à mudança de direção da política fiscal do Reino Unido. Índices futuros de Wall Street chegam a subir mais de 1%, com investidores à espera da bateria de resultados prevista para hoje. Os números do terceiro trimestre da J&J, Goldman Sachs e Netflix estão entre os mais aguardados do dia.

A J&J, que apresentou seu balanço nesta manhã, superou as estimativas do mercado ao cravar lucro por ação de US$ 2,55, levemente acima do consenso de US$ 2,52. A receita, de US$ 23,79 bilhões, saiu acima do esperado. A expectativa era de que ficasse em US$ 23,46 bilhões.

Já o Goldman Sachs, que também reportará seus números nesta manhã, terá como sombra os resultados acima do esperado de outros grandes bancos dos Estados Unidos, como J.P Morgan e Bank of America, que chegaram a disparar após a divulgarem seus respectivos balanços.

Para a Netflix, analistas do Credit Suisse alertaram que o balanço do terceiro trimestre pode apresentar queda do número de assinantes. Mas disseram que a perspectiva é "moderadamente positiva" para o resultado previsto para esta noite.

"Os vendidos em Netflix estão subestimando sua distribuição, escala, disseram os analistas em relatório. O Credit Suisse, no entanto, afirmou que os resultados em publicidade e mitigação da pirataria do terceiro trimestre podem não corresponder às esperança dos comprados em Netflix. O consenso para o resultado da empresa de streaming é de receita de US$ 7,85 bilhões e lucro por ação de US$ 2,18.

A temporada de balanços também vem esquentando na Europa, onde as ações da farmacêutica Roche recuam após queda de vendas de produtos relacionados à covid-19. Apesar de certa decepção com o resultado da gigante suíça, o clima é positivo nos mercados europeus, com as bolsas da região tendo mais um dia de firme alta.

Como pano de fundo estão dados de confiança acima do esperado. O indicador de perspectiva econômica ZEW mostrou uma inesperada queda do pessimismo na Alemanha em outubro. A bolsa de Frankfurt é um dos destaques de alta do continente.

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Desempenho dos indicadores às 7h35 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 1,37%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 1,57%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,82%
  • DAX (Frankfurt): + 1,16%
  • CAC 40 (Paris): + 0,71%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,94%
  • Stoxx 600 (Europa): + 0,55%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 1,82%

Produção e vendas da Vale

No Brasil, onde os resultados do terceiro trimestre serão divulgados a partir do fim do mês, as atenções estão com as prévias operacionais. A mais importante delas, a da Vale, foi divulgada na última noite. A produção de minério de ferro da Vale ficou praticamente estável, com alta anual de 1,1% para 89,7 mil toneladas. Já a venda cresceu 3,5% para 69 mil toneladas no período.

O maior aumento de produção da mineradora se deu na frente de níquel, onde houve crescimento de 71,5% contra o terceiro trimestre de 2021. As vendas de níquel, porém, ficaram abaixo da produção, devido à escassez de containers e congestionamento de embarques para o Reino Unido. As primeiras reações, no entanto, são positivas, com as ADRs da Vale em alta de mais de 1% no pré-mercado americano.

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A Natura deu início aos estudos sobre uma possível spin-off seguido de um IPO de sua marca australiana de negócios de luxo Aesop. O IPO, segundo a Natura, serviria para acelerar o crescimento da companhia. "Essa estratégia também está alinhada ao objetivo da Natura &Co de proporcionar maior autonomia e responsabilidade às suas marcas e unidades de negócios, afirmou em fato relevante.

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OPA da Gradiente: acionistas rejeitam novo laudo

A Assembleia Especial da IGB Eletrônica, dona da Gradiente, terminou com os acionistas rejeitando por unanimidade a contratação de um novo laudo para avaliar o preço por ação a ser pago em OPA proposta pela controladora da empresa, a HAG Holding. A assembleia foi instaurada após mais de 10% do capital da empresa ter questionado o preço de R$ 40,51, considerado justo pelo laudo da Una Serviços de Apoio. Antes da assembleia, a HAG chegou a a aumentar o valor, atribuindo um bônus ao preço por ação condicionado à vitória judicial na batalha travada com a Apple pelo uso da marca "iphone" no Brasil.

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