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Balanço do 2º tri: todos os setores avançam e só educação fica no negativo

Bancos e commodities são destaques em lucratividade; analistas destacam força das empresas domésticas

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 16h55.

Última atualização em 17 de agosto de 2021 às 17h58.

A temporada de balanços do 2º trimestre de 2021 chega ao fim deixando um cenário de otimismo para as empresas brasileiras listadas em bolsa. Todos os setores tiveram melhora nos seus resultados em relação ao mesmo período de 2020, e apenas o de educação registrou prejuízos no 2º trimestre de 2021 – ainda que menores do que os apurados no último ano. O levantamento é da plataforma de informações financeiras Economatica.

O balanço analisou os resultados de 308 empresas, que juntas registraram um lucro líquido de 186,3 bilhões de reais, um valor 604,9% superior ao mesmo período de 2020. O resultado é distorcido pelas gigantes Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4), que sozinhas são responsáveis por quase metade do lucro apurado pelas empresas da bolsa. As duas lucraram 82 bilhões de reais no segundo trimestre de 2021. 

O balanço analisou os resultados de 306 empresas, que juntas registraram um lucro líquido de 103,4 bilhões de reais, um valor 333,4% superior ao mesmo período de 2020. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4), que sozinhas são responsáveis por quase metade do lucro apurado pelas empresas da bolsa, são excluídas do balanço para evitar distorções. Com a inclusão das duas, o lucro líquido das empresas da bolsa salta para 186,3 bilhões de reais, um valor 604,9% ao mesmo período de 2020.

Dentro da amostra, o setor de papel e celulose mostrou o maior caso de recuperação, registrando um lucro de 10,7 bilhões de reais contra um prejuízo de 2,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Formado pelas empresas Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11), Suzano Holding (NEMO3) e Companhia Melhoramentos (MSPA3), o setor registrou um avanço de 530,5% em seu lucro líquido.

Dentro dessa amostra, o setor de papel e celulose mostrou o maior caso de recuperação, registrando um lucro de 10,7 bilhões de reais contra um prejuízo de 2,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Formado pelas empresas Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11), Suzano Holding (NEMO3) e Companhia Melhoramentos (MSPA3), o setor registrou um avanço de 530,5% em seu lucro líquido. 

Levantamento Economatica balanços 2º trimestre 2021

(Economatica/Divulgação)

Na avaliação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame), a principal surpresa veio de empresas com atuação doméstica. “Embora os resultados das exportadoras estejam em linha com nossas estimativas otimistas, as empresas voltadas para o mercado nacional surpreenderam com receitas, Ebitda e lucro melhores do que o esperado”, destacam os analistas, em nota.

As empresas com viés doméstico registraram um saldo de 166% no lucro líquido segundo o BTG. O principal destaque ficou com o setor bancário, o mais lucrativo da bolsa, que apresentou um lucro líquido conjunto de 26 bilhões de reais no segundo trimestre de 2021 – crescimento de 89,3% em relação ao ano anterior.

Vale lembrar que no segundo trimestre de 2020 o Brasil viveu o pior período da pandemia,  com restrições de mobilidade em todo o país. “Levando em consideração todos os impactos do ano passado (com a maioria dos empregos perdidos ainda por preencher), o desempenho é ainda mais impressionante”, afirma a análise.

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