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B3, ex-BM&FBovespa/Cetip, nasce como 5ª maior bolsa do mundo

Ao anunciar o novo nome do conglomerado, presidente disse que a empresa tem um valor de mercado de cerca de 13 bilhões de dólares

Edemir Pinto: executivos do grupo disseram que empresas interessadas em operar o mercado de bolsa no Brasil já manifestaram interesse em usar a estrutura de pós-mercado da B3 (Germano Luders/Exame)

Edemir Pinto: executivos do grupo disseram que empresas interessadas em operar o mercado de bolsa no Brasil já manifestaram interesse em usar a estrutura de pós-mercado da B3 (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 30 de março de 2017 às 14h37.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 16h30.

São Paulo - A B3, novo nome da empresa resultante da fusão entre BM&FBovespa e Cetip, nasceu como quinta maior operadora de bolsas do mundo em valor de mercado, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Edemir Pinto.

Ao anunciar o novo nome do conglomerado, Edemir disse que a empresa tem um valor de mercado de cerca de 13 bilhões de dólares, ficando atrás apenas de CME (40,3 bilhões); Intercontinental Exchange, dona da Nyse, (35,3 bilhões); bolsa de Hong Kong (cerca de 33,6 bilhões de dólares), e Deustche Boerse, (cerca de 15,1 bilhões de dólares).

Em reunião com jornalistas para anunciar detalhes da fusão sacramentada na semana passada, após autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), executivos do grupo disseram que empresas interessadas em operar o mercado de bolsa no Brasil já manifestaram interesse em usar a estrutura de pós-mercado da B3.

"Já recebemos algumas consultas", disse o diretor de operações, clearing e depositária da B3, Cícero Vieira.

Segundo o executivo, a B3 abrirá até o fim de abril uma audiência pública para definir diretrizes de acesso de eventuais competidores à estrutura ao sistema de contraparte central (CCP, na sigla em inglês) e central depositária. A audiência deve durar 30 dias úteis.

Executivos do grupo disseram que a divisão da Supervisão de Mercados (BSM), ligada à B3, deve ter futuramente a presença de representantes de empresas rivais, caso venham a efetivamente atuar no mercado.

Já Gilson Filkensztain, apontado para ser o presidente-executivo da B3 a partir de 1 de maio, afirmou que a companhia deve se concentrar na integração das operações nos próximos 12 meses. "Depois, nosso objetivo passará a ser encontrar novas fontes de receitas", disse.

Nas próximas semanas, a companhia deve anunciar quais das marcas do grupo (Bovespa, BM&F e Cetip) serão mantidas e sob qual novo ticker suas ações serão negociadas no mercado. Já foi decidido que, pelo menos por enquanto, a sede do grupo será no centro da capital paulista, disse o atual presidente, Edemir Pinto.

Pedro Parente, presidente do conselho de administração da BM&FBovespa, deve ser indicado para o mesmo posto à frente da B3, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto. O nome de Parente faz parte da chapa divulgada na véspera para composição do conselho da B3, mas sem indicação dos postos de presidente e vice. O executivo assumiu no ano passado a presidência da Petrobras.

 

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