Mercados

B3: Cenário externo traz alívio, e juros fecham entre estabilidade e queda

Melhora do Câmbio após manifestação do banco central americano interferiu positivamente nas taxas longas e intermediárias

Moedas: dólar engatou trajetória de queda ante o real pouco depois das 13 horas, alinhado à recuperação da lira turca (/Bruno Domingos/Reuters)

Moedas: dólar engatou trajetória de queda ante o real pouco depois das 13 horas, alinhado à recuperação da lira turca (/Bruno Domingos/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2018 às 18h09.

São Paulo - Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 23, em baixa nos contratos de médio prazo, enquanto os longos e os curtos terminaram perto da estabilidade. Após uma manhã marcada pela volatilidade, as taxas longas e intermediárias tiveram alívio à tarde com a melhora no segmento de câmbio e a divulgação da ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, que provocou forte recuo no rendimento dos Treasuries.

As taxas curtas encerraram perto dos ajustes anteriores, na medida em que a ponta longa teve uma desinclinação. Pela manhã, as taxas daquele trecho chegaram a cair após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de maio (0,14%) ter vindo abaixo do piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,20%.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,595%, de 6,586% no ajuste de terça-feira, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 7,52% para 7,44%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 8,58%, de 8,66%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,99%, de 10,00%, e a do DI para janeiro de 2025, em 10,53%, de 10,54%.

O dólar começou a tarde de lado, mas engatou trajetória de queda ante o real pouco depois das 13 horas, alinhado à recuperação da lira turca - a moeda havia sido bastante penalizada pela manhã mas passou a subir depois que o Banco Central da Turquia, em reunião extraordinária, elevou os juros do país de 13,5% para 16,5% ao ano. Nos juros domésticos, as taxas, principalmente no chamado miolo da curva, bateram mínimas, em linha com o dólar.

Perto do fechamento da sessão regular, os juros longos abandonaram o viés de alta visto mais cedo e foram para perto da estabilidade, também nas mínimas, na medida em que o retorno da T-Note de dez anos ampliava o recuo para perto dos 3%.

Na ata do Fomc, os dirigentes manifestaram ceticismo quanto à recente alta na inflação nos Estados Unidos, o que, na visão do mercado, reduz a perspectiva de um aperto monetário mais firme este ano.

"Notou-se que era prematuro concluir que a inflação permaneceria em níveis de cerca de 2%, especialmente depois de vários anos em que a inflação permaneceu persistentemente abaixo da meta", apontou o documento.

Às 16h29, a taxa da T-Note de dez anos estava e, 3,005%, de 3,058% no fim da tarde de terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:B3CâmbioEstados Unidos (EUA)Juros

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"