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Lucro da B3 sobe para R$ 1,2 bilhão no 3º tri, mas principal linha de receita recua

Na receita de mercados, somente as operações de renda fixa tiveram variação positiva; outros negócios da companhia cresceram

B3: Lucro cresceu 2,6% no terceiro trimestre de 2025 (Eduardo Frazão/Exame)

B3: Lucro cresceu 2,6% no terceiro trimestre de 2025 (Eduardo Frazão/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 23h22.

A B3 (B3SA3) reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,258 bilhão no terceiro trimestre de 2025, alta de 2,6% em comparação com o mesmo intervalo de 2024, mas uma queda de 1,6% frente ao segundo trimestre de 2025.

O lucro líquido atribuído aos acionistas, que exclui itens não recorrentes, ficou em R$ 1,298 bilhão, uma elevação de 5,9% em 12 meses.

O Ebitda recorrente somou R$ 1,727 bilhão no terceiro trimestre, alta de 1,2% na comparação anual e alta de 0,3% em relação ao quarto trimestre. A margem Ebtida caiu para 69,5% no terceiro trimestre, 0,5 pontos percentuais abaixo do terceiro trimestre de 2024 e 0,3 pontos percentuais acima do segundo trimestre.

As despesas somaram R$ 841,0 milhões, alta de 1,2% em relação ao 3T24 e queda de 0,4% contra o 2T25. "O desempenho reflete o exercício da companhia em buscar maior eficiência na gestão e melhor calendarização dos projetos ao longo do ano, e reforça a disciplina no controle de gastos", comenta a B3.

O resultado financeiro foi positivo em R$ 61,4 milhões no 3T25, uma diminuição de 16,6% na comparação ano a ano.

Receitas totais

As receitas líquida somavam R$ 2,486 bilhões, 2,1% acima do terceiro trimestre de 2024 e 2,2% abaixo do segundo trimestre, explicada pelo impacto não-recorrente de aproximadamente R$ 75 milhões de créditos tributários de PIS e Cofins acumulados, o que reduziu a linha de deduções da receita no 2T25.

A receita de Mercados, core business da B3, recuou 2,8% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, para R$ 1,83 bilhão. A receita de renda fixa e crédito ainda cresceu 21% de um ano para o outro, para R$ 349 milhões. Na renda variável, porém, recuou 9% na mesma base de comparação, para R$ 524 milhões. A receita do mercado de derivativos também sofreu contração, de 7% ano a ano, para R$ 888 milhões.

As receitas com soluções para mercado de capitais totalizaram R$ 161,7 milhões, um crescimento de 5,4% em relação ao 3T24, explicado pelo avanço em dados para mercado de capitais (10,1%) e depositária para o mercado à vista (13,8%), mais do que compensando a queda de 13,2% em listagem e soluções para Emissores.

Em soluções analíticas de dados, o crescimento de 18,2% na receita reflete o crescimento em plataformas e dados analíticos (18,1%) e em veículos e imobiliário (18,2%). Já em tecnologia e plataformas, as receitas cresceram 13,0%, refletindo o crescimento de 4,0% no número de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de balcão, e os crescimentos de 7,7% e 13,6% na emissão e custódia de cotas de fundo, respectivamente.

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