Redatora na Exame
Publicado em 13 de março de 2025 às 11h22.
O BTG Pactual elevou a recomendação das ações da B3 para "compra", após uma redução dos riscos tributários e melhora nas perspectivas da empresa.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 13, o banco manteve o preço alvo de R$13,50, apontando um potencial de valorização de cerca de 30% para os papéis da B3. Além disso, os analistas do BTG estimam um retorno de 10% em dividendos e recompra de ações.
A recomendação foi feita após uma decisão favorável do Conselho de Administração de Recursos Fiscais ), que decidiu cancelar, por unanimidade, uma cobrança fiscal de R$5,8 bilhões relacionada ao ágio tributário da aquisição da BM&F Bovespa em 2008.
Essa vitória reduz em cerca de 78% o valor em disputa com a Receita Federal: de R$ 14 bilhões no início de 2024 para R$5,3 bilhões em março de 2025. Os papéis sobem quase 7% no pregão desta quinta-feira (13), entre as maiores altas do Ibovespa.
O BTG também destaca o aumento da diversificação dos negócios da B3, com uma considerável diluição das receitas provenientes das ações brasileiras nos últimos anos, o que torna a empresa mais resiliente a adversidades no mercado.
O banco vê uma assimetria positiva nas ações da companhia e acredita que a empresa está próxima do “piso” de seus resultados, o que torna o momento favorável para a recomendação de compra.
"Não sabemos quando ocorrerá a reavaliação ou quando os volumes irão surpreender, mas a assimetria, para nós, parece estar inclinada para o lado positivo. Por isso, acreditamos que é finalmente hora de levar as coisas para o próximo nível. Compre", escrevem os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.