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B2W não convence o Itaú BBA, mesmo com mais R$1 bi em caixa

“A companhia ainda não está fora de perigo por conta do alto risco de sua estratégia”, dizem os analistas

Preço-alvo para as ações da B2W caiu de 42 reais para 25,1 reais (Luis Ushirobira/EXAME.com)

Preço-alvo para as ações da B2W caiu de 42 reais para 25,1 reais (Luis Ushirobira/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2011 às 17h01.

São Paulo – A expectativa de que a Lojas Americanas (LAME4) seja beneficiada pela criação de novas unidades incentivou a equipe de pesquisas do Itaú BBA a elevar o preço-alvo para as ações da companhia. Na contramão, a B2W (BTOW3) teve seus papéis rebaixados após os analistas incorporarem a injeção de 1 bilhão de reais feita pela controladora e acionistas minoritários, refletindo a “massiva diluição do aumento de capital”.

Em relatório, Juliana Rozenbaum, Francine Martins e Enrico Grimaldi elevaram o preço-alvo para Lojas Americanas de 19,5 reais por ação para 19,6 reais até o final de 2011, ao mesmo tempo em que reduziram a projeção para a B2W de 42 reais para 25,1 reais. Ambas tiveram a recomendação reiterada em performance igual à média do mercado (market-perform).

“Acreditamos que as mudanças significativas na B2W ainda ofuscam a execução impressionante em lojas físicas da Lojas Americanas. Esse fator, combinado com a falta de capacidade em oferecer maior visibilidade sobre suas estratégias e com o fato de ambas terem suas ações negociadas com múltiplos em linha ao setor de varejo no Brasil, devem continuar a manter os investidores de fora”, afirmaram os analistas.

O banco também incorporou na análise da B2W a habilidade de recuperar sua estratégia de crescimento. Segundo eles, a companhia deve conseguir registrar expansão após a injeção de capital que recebeu de sua controladora. “Embora esteja numa posição melhor após o aumento de capital, a companhia ainda não está fora de perigo por conta do alto risco de execução presente em sua estratégia”, alertam os analistas.

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