Mercados

B2W continua a pedra no sapato para ação da Americanas

Enquanto o momento operacional ainda é forte para Lojas Americanas, B2W ainda não superou as dificuldades, diz Itaú BBA


	Lenta recuperação e necessidade de investimentos não permitirão que a companhia consiga gerar fluxo de caixa livre antes de 2019, projeta Itaú BBA
 (Luis Ushirobira/EXAME.com)

Lenta recuperação e necessidade de investimentos não permitirão que a companhia consiga gerar fluxo de caixa livre antes de 2019, projeta Itaú BBA (Luis Ushirobira/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 14h24.

São Paulo – A B2W deve continuar sendo uma pedra no sapato de sua controladora, a Lojas Americanas. Em linhas gerais, esta é a avaliação do Itaú BBA em seu mais recente relatório no qual projeta o desempenho das varejistas.

A analista Juliana Rozenbaum revisou as projeções às empresas e reiterou a recomendação classificada em desempenho em linha com a média de mercado para ambas.

As ações preferenciais da Lojas Americanas (LAME4) têm preço-alvo de 21 reais para o final de 2013, enquanto as ações ordinárias da B2W (BTOW3) têm projetados 12,90 reais para o mesmo período, um potencial de valorização de 26% e 21%, respectivamente.

“Enquanto o momento operacional ainda é forte para a Lojas Americanas, a B2W ainda não superou as dificuldades”, adverte a analista.

Juliana explica que, embora a melhora esperada nos resultados da B2W esteja ainda a caminho, ainda há uma longa trajetória para a companhia conseguir gerar caixa. Com isso, a B2W pressiona o balanço das Lojas Americanas, seja direta ou indiretamente, o que a torna uma tese de investimento menos interessante, segundo o relatório destaca.

“A consistente capacidade da Lojas Americanas de aumentar a área, as vendas mesmas-lojas, margens e retornos, a tornam uma das varejistas brasileiras com melhor histórico na geração de valor. O que realmente nos intriga é a razão pela qual uma gerência tão competente está demorando tanto para solucionar a questão B2W”, pondera Juliana.


O que esperar da B2W?

A análise mostra confiança no fato de que a maioria dos problemas operacionais da B2W já está superada, e que o crescimento provavelmente deve se acelerar, mesmo que lentamente.

“Com sistemas melhores e mais centros de distribuição, as entregas não deverão mais constituir um obstáculo ao crescimento”, projeta Juliana.

Neste cenário, a B2W conseguirá diminuir o número de dias necessários para a entrega e, em teoria, crescer e expandir suas margens.

“Estamos apenas ligeiramente mais cautelosos quanto ao ritmo da recuperação, uma vez que acreditamos que as marcas foram submetidas a uma vultosa perda de seu valor como marca, e a concorrência difícil, considerando agora estreia da Amazon.com no Brasil”, destaca o relatório.

Esta morosa recuperação, aliada à necessidade de investimentos fortes (1 bilhão de reais nos próximos três anos), não permitirá que a companhia consiga gerar fluxo de caixa livre antes de 2019, segundo o Itaú BBA.

De acordo com as projeções do banco, a B2W precisará 300 milhões de reais por ano em nova dívida ao longo dos próximos três anos. “Certamente, outro aumento de capital tornaria as coisas bem mais fáceis”, conclui Juliana.

LAME4 x BTOW3

As ações preferenciais da Lojas Americanas acumulam uma valorização de 49% no acumulado do ano, enquanto as ordinárias da B2W sobem 18%.

Os dois papéis superam o desempenho do Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, que desde janeiro acumula alta de apenas 1,5%.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasAnálises fundamentalistasB2WB3bolsas-de-valoresComércioEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas de internetMercado financeiroVarejo

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off