(Azul/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 12h52.
Última atualização em 18 de dezembro de 2024 às 13h22.
A Azul lançou nesta quarta-feira, 18, a oferta de troca de sua dívida como parte de sua reestruturação financeira. As ações da companhia recuam 6,16% nesta quarta-feira, 18.
O plano inclui a emissão de US$ 500 milhões em notas superprioritárias e a troca de dívidas existentes por novos títulos com condições renegociadas. A medida é um passo estratégico para fortalecer a posição financeira da companhia e garantir sua sustentabilidade operacional.
A Azul propôs a seus credores a troca de notas sêniores garantidas existentes por novos títulos. As novas emissões manterão os mesmos vencimentos e taxas de juro, com ajustes para estender os prazos e melhorar o perfil da dívida. A iniciativa abrange:
Simultaneamente, a Azul busca o consentimento dos detentores das dívidas atuais para alterar os termos das notas existentes, removendo restrições contratuais e convertendo-as em obrigações não garantidas. A participação de pelo menos 95% dos detentores das notas 2L e 66,67% de cada série é necessária para viabilizar a operação.
A empresa também anunciou a emissão de US$ 500 milhões em notas sêniores superprioritárias, com vencimento em 2030. Os recursos serão usados para quitar US$ 157,5 milhões em notas-ponte e reforçar o caixa da companhia.
Esses títulos serão emitidos por meio de uma oferta privada e estarão disponíveis para detentores das notas existentes e debêntures conversíveis. A estrutura de distribuição prevê que 80% dos títulos serão destinados aos credores das notas de primeiro grau e debêntures, e 20% aos detentores de notas de segundo grau.
O prazo para adesão antecipada às ofertas de troca termina em 7 de janeiro de 2025, enquanto o prazo final é 15 de janeiro de 2025. A liquidação das novas notas e emissão das superprioritárias está prevista para 22 de janeiro de 2025. A Azul espera também iniciar a conversão parcial das novas notas 2L em ações preferenciais ou notas conversíveis até abril de 2025.
A reestruturação é parte de um plano abrangente para aliviar as pressões financeiras da Azul, que enfrenta desafios decorrentes do alto endividamento e de um cenário competitivo no setor aéreo. A companhia também tem negociado com arrendadores e fornecedores para obter condições mais favoráveis de caixa.