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Azul firma acordos de R$ 3 bi com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos

Empresa renegociou 92% de suas obrigações com esses credores, que trocarão dívida por ações da companhia aérea; informação foi antecipada pelo INSIGHT

Azul: empresa está em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações e continua conversando com outras partes envolvidas (Rafael Marchante/Reuters)

Azul: empresa está em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações e continua conversando com outras partes envolvidas (Rafael Marchante/Reuters)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 22h34.

Última atualização em 7 de outubro de 2024 às 22h37.

A companhia aérea Azul anunciou hoje que firmou acordos de renegociação com 92% de suas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs). No total são cerca de R$ 3 bilhões em obrigações que foram renegociados.

A proximidade de um acordo com a maioria de seus lessores, jargão do setor para os arrendadores de aeronaves, foi antecipada pelo INSIGHT no fim de setembro.

Um acordo com esses credores é crucial para que a companhia aérea ganhe o aval dos bondholders para a nova injeção de capital, apurou o INSIGHT.

Em nota desta segunda-feira, 7, a companhia destacou que esses acordos fazem parte de uma estratégia para melhorar a geração de caixa e otimizar a estrutura de capital da companhia.

O processo envolve a substituição de obrigações por ações preferenciais da Azul, com os arrendadores e OEMs concordando em abrir mão de suas participações em cerca de R$ 3 bilhões em dívidas. Como contrapartida, esses credores receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais da Azul, sujeitas a condições e aprovações corporativas.

Segundo o comunicado oficial, a Azul está em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações e continua conversando com outras partes envolvidas. A companhia destaca que mantém a intenção de finalizar a documentação necessária para "garantir o sucesso desse plano de reestruturação".

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