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Azul conclui reestruturação financeira, levanta R$ 3,1 bi e elimina R$ 11 bi em dívidas

Papéis serão convertidos a R$ 40, cerca de 9 vezes o valor de fechamento do papel na sessão de hoje, a R$ 4,50

Papéis serão convertidos a R$ 40, cerca de 9 vezes o valor de fechamento do papel na sessão de hoje, a R$ 4,50 (Shutterstock/Shutterstock)

Papéis serão convertidos a R$ 40, cerca de 9 vezes o valor de fechamento do papel na sessão de hoje, a R$ 4,50 (Shutterstock/Shutterstock)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 21h08.

Última atualização em 28 de janeiro de 2025 às 21h09.

A Azul finalizou seu processo de reestruturação financeira, resultando na eliminação de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações.

A companhia conduziu as negociações com seus parceiros comerciais e financeiros, incluindo arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívida, sem precisar recorrer a medias judiciais, como um Chapter 11, e conseguiu garantir condições mais favoráveis para sua operação.

A negociação era o passo essencial para a companhia captar de R$ 3,1 bilhões em novo capital, conforme anunciado em outubro. Essa nova emissão tem vencimento em 2030.

Com redução de dívida e injeção de novo capital de investidores, a companhia aérea conseguiu limpar cerca de R$ 14 bilhões (US$ 2,4 bilhões) do seu balanço.

Como parte do acordo, US$ 557 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) em dívidas de arrendadores serão convertidos em ações da Azul. Papéis serão convertidos a R$ 40, cerca de 9 vezes o valor de fechamento do papel na sessão de hoje, a R$ 4,50. 

Outros US$ 243,6 milhões (R$ 1,43 bilhão) em notas foram eliminados em troca de um pagamento de US$ 30 milhões (R$ 176 milhões) em caixa.

Além disso, a companhia assegurou uma economia de caixa de US$ 300 milhões entre 2025 e 2027, graças às medidas implementadas para redução de despesas.

A reestruturação também resultou em uma melhora significativa na estrutura de capital da empresa, reduzindo sua alavancagem financeira de 4,8 vezes para 3,4 vezes.

O acordo é essencial, também, para que as negociações com a Abra, controladora da Gol, avancem. As duas anunciaram um memorando de entendimento para avaliarem e negociarem uma combinação de negócios entre Azul e Gol.

Pelos termos, a empresa combinada deve manter uma alavancagem comparável à da Gol à época da operação e depois de haver a consumação de seu plano de reorganização.

Hoje, a Gol tem uma alavancagem da ordem de 4,5 vezes, o que deve ir se normalizando ao longo dos próximos cinco anos e chegar a 1,9 vez em 2029.

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