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Azul (AZUL4) dispara mais de 10% após confirmar que negocia dívida com credores

Na última sexta-feira, 13, circulou no mercado a notícia de que a aérea estaria conversando com arrendadores de avião

Azul: companhia confirma que está em negociações com credores (Shutterstock/Shutterstock)

Azul: companhia confirma que está em negociações com credores (Shutterstock/Shutterstock)

Publicado em 16 de setembro de 2024 às 13h13.

As ações da Azul (AZUL4) disparam mais de 10% na sessão desta segunda-feira, 16, após a companhia confirmar, em comunicado ao mercado divulgado neste domingo, 15, que está em negociações com arrendadores de aeronaves para quitar suas dívidas no valor de US$ 570 milhões.

Segundo a área, o acordo envolve a substituição de tal dívida por participação societária na Azul, fato já circulado no mercado, na última sexta-feira, 13, através de uma notícia da Reuters -- o que fez as ações valorizarem, na ocasião, 22%.

Na respectiva reportagem, o veículo informa que, em vez de emitir todas as ações necessárias para cobrir o motante, o que geraria uma diluição significativa para os acionistas atuais, a companhia aérea está negociando para que os arrendadores recebam uma participação de 20% na Azul.

Isso atribuiria um valor patrimonial potencial de US$ 2,9 bilhões para 100% da companhia, em comparação aos US$ 250 milhões atuais.

Entretanto, no comunicado ao mercado, a companhia não informa a parcela societária que seria concedida aos arrendadores de avião.

"Dado que, no momento, as negociações seguem em andamento e não há documento vinculante firmado, os termos e condições de uma eventual reestruturação ainda estão sujeitos a discussão e definição pelas partes envolvidas", informaram.

Por conta, a Azul ainda destaca que tais negociações não excluem ou limitam outras discussões e modelos para otimização da estrutura de capital da Azul.

No final de agosto, a Azul realizou uma call com analistas do mercado para discutir seus recentes esforços de reestruturação da dívida, após uma queda de mais de 25% no início do pregão do dia 29 de agosto.

Na ocasião, a companhia negou as possibilidades de uma oferta de ações ou de um processo de Chapter 11, além de fornecer mais detalhes sobre o esperado acordo comercial com os principais arrendadores — cerca de seis — para resolver a iminente diluição acionária. A empresa explicou sua intenção de buscar uma única parcela fixa para a conversão da dívida.

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