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Avon é investigada por reguladores e investidores

Empresa é suspeita de infrigir a regulação norte-americana sobre a divulgação de informações a todos os investidores

 A Avon é a maior empresa mundial de venda direta de cosméticos (Mario Tama/Getty Images)

A Avon é a maior empresa mundial de venda direta de cosméticos (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 17h56.

Nova York  - Órgãos reguladores dos Estados Unidos estão investigando formalmente se a Avon agiu contra leis de suborno no exterior -enquanto analistas se perguntavam se a empresa poderia elaborar um plano de recuperação tão rapidamente quanto deseja.

Assim como fizeram nos últimos trimestres, analistas colocaram a presidente-executiva Andrea Jung à prova durante a teleconferência trimestral da empresa.

"Por que os investidores deveriam acreditar que a administração e a diretoria têm qualquer controle sobre o negócio neste momento?", perguntou Mark Astrachan, da Stifel Nicolaus, que rebaixou a ação da Avon para "manutenção".

"Olha, eu assumo a responsabilidade por isso", respondeu Jung, que ocupa o posto de presidente-executiva desde 1999 e de presidente do Conselho de Administração desde 2001.

Órgãos reguladores dos EUA também questionaram a Avon sobre seu contato com analistas e terceiros, como parte de uma investigação relacionada à regulação norte-americana sobre a divulgação de informações simultaneamente a todos os investidores.


A Avon afirmou nesta quinta-feira que recebeu uma intimação da Securities and Exchange Commission dos EUA na quarta-feira. A Comissão está investigando o contato da companhia durante 2010 e 2011 com certos analistas e outros representantes da comunidade financeira, afirmou a companhia.

De acordo com Jung, a Avon passou a ter uma performance ruim em mercados importantes como Brasil e Rússia, despejou dezenas de milhões de dólares em sua investigação sobre suborno internacional e se esforçou para conter a queda de vendas no mercado norte-americano.

A Avon reportou vendas abaixo do esperado e disse que não espera mais que sua receita tenha crescimento em torno de 5 por cento este ano.

A receita da empresa no terceiro trimestre foi de 2,76 bilhões de dólares, acima dos 2,61 bilhões de dólares um ano antes. Porém, as vendas ficaram abaixo da estimativa de analistas de 2,83 bilhões de dólares.

O lucro líquido foi de 164,2 milhões de dólares, ou 0,38 dólar por ação, contra 166,7 milhões de dólares, ou iguais 0,38 dólar por ação, no mesmo período do ano passado.

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