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Avião sem janela é a grande aposta desta startup americana; entenda como funciona

Sem janela, o Phantom 3500 pode reduzir o consumo de combustível em até 60% em comparação com jatos de tamanho semelhante

Phantom 3500: jato se destaca pela ausência de janelas tradicionais, o que permite reduzir o consumo de combustível em até 60% (Otto Aerospace/Divulgação)

Phantom 3500: jato se destaca pela ausência de janelas tradicionais, o que permite reduzir o consumo de combustível em até 60% (Otto Aerospace/Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 12h06.

A Otto Aerospace, startup americana com sede no Texas, revelou seu mais novo jato executivo, o Phantom 3500. Ele se destaca especialmente pela ausência de janelas tradicionais.

Com capacidade para nove passageiros, a aeronave é equipada com painéis digitais que projetam uma visão virtual do exterior, um recurso que o CEO da Otto, Paul Touw, descreve como “visão sobrenatural” à publicação do The Wall Street Journal.

Touw afirmou ao jornal americano que o mundo está animado com o setor aeroespacial, mas que o mercado para transportar pessoas ricas ao redor do mundo é, na verdade, muito maior.

A aposta é também que, com a ausência de janelas tradicionais, os passageiros possam desfrutar de uma visão do mundo ao seu redor sem precisar se inclinar para olhar pela janela, atraindo sobretudo a geração Z.

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O jato sem janelas ainda está em desenvolvimento, com o primeiro voo previsto para 2027 e com a entrega do primeiro modelo prevista para 2030. Mas a Flexjet já assinou um contrato para adquirir 300 unidades. Com base no valor de mercado, o pedido custa cerca de US$ 5,85 bilhões.

Primeira cliente do Phantom 3500, a Flexjet é uma empresa de jatos particulares que aluga e vende frações de aeronaves para clientes individuais e corporativos.

A empresa, com sede em Ohio, está ampliando sua frota em resposta ao aumento da demanda de viagens particulares.

O design do Phantom 3500 permite reduzir o consumo de combustível em até 60% em comparação com jatos de tamanho semelhante, segundo a reportagem.

Isso é possível graças à eliminação das janelas físicas e ao uso de câmeras de alta resolução externas, que alimentam as janelas virtuais, tornando o avião mais leve e aerodinâmico. A cabine será equipada com visores digitais de 1,80 metros de largura, proporcionando uma visão panorâmica do ambiente externo.

A Otto, com sede em Jacksonville, Flórida, já arrecadou US$ 250 milhões em investimentos privados e está construindo o Phantom 3500 com o apoio de um pacote de incentivos de US$ 515 milhões do estado da Flórida.

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