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Aversão ao risco no exterior interrompe altas da Bovespa

O crescimento fraco, porém dentro do esperado, da economia brasileira em 2012 desloca o foco da Bovespa para os mercados internacionais nesta sexta-feira


	Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa futuro caía 1,23%, aos 56.718,58 pontos, na mínima
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa futuro caía 1,23%, aos 56.718,58 pontos, na mínima (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 10h35.

São Paulo - O crescimento fraco, porém dentro do esperado, da economia brasileira em 2012 desloca o foco da Bovespa para os mercados internacionais nesta sexta-feira, onde números igualmente decepcionantes sobre atividade na China e na Europa embutem perdas aceleradas entre as bolsas.

As atenções, porém, estão concentradas nos Estados Unidos, com a farta agenda econômica aguçando a volatilidade já esperada para o dia, uma vez que entram em vigor, nesta sexta-feira, os cortes automáticos de gastos nas contas do governo norte-americano.

Por volta das 10h05, o Ibovespa futuro caía 1,23%, aos 56.718,58 pontos, na mínima.

Depois de a Bolsa cravar três pregões consecutivos de alta, o que ainda não havia ocorrido neste ano, os riscos de os negócios locais devolverem toda a alta acumulada no período, ao redor de 1,5% e além, são grandes.

"Quando lá fora está bom, aqui geralmente não acompanha, e quando está ruim, aqui fica péssimo", comenta um operador, referindo-se ao descasamento no desempenho da Bolsa brasileira ante os principais pares estrangeiros.

Por volta das 10 horas, no exterior, as bolsas europeias exibiam perdas ao redor de 1%, sendo que na Itália a queda se aproximava de 2%. Os investidores, por lá, reagem aos dados que mostraram certa fraqueza da atividade na zona do euro em fevereiro, com a taxa de desemprego atingindo recorde histórico de alta, em janeiro.

Além disso, os números distorcidos da indústria na China, por causa das comemorações do Ano Novo Lunar, também pesam nos negócios, assim como o resultado inconclusivo das eleições gerais italianas.


Já nos Estados Unidos, a intensa agenda econômica do dia - com dados sobre renda pessoal e gastos com consumo (10h30), de atividade industrial Markit (11h) e ISM (12h) e também sobre o sentimento do consumidor (11h55) - não afastam a inquietação dos investidores com a série de cortes automáticos de despesas no Orçamento norte-americano que entra em vigor a partir desta sexta.

A contragosto de republicanos e democratas, US$ 85 bilhões serão "sequestrados" das contas federais do governo Obama, mas o debate entre os dois partidos prossegue.

Ainda que haja a expectativa por um consenso entre Casa Branca e Congresso para tentar reverter a medida, os mercados financeiros têm dúvidas sobre quanto tempo levará para que uma solução seja alcançada. Ainda às 10h05, o futuro do S&P 500 cedia 0,54%.

No Brasil, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 0,9% em 2012 ante 2011, resultado que ficou em linha com a mediana projetada e dentro do intervalo previsto, de 0,80% a 1,20%.

No quarto trimestre de 2012, a expansão do PIB foi de 0,6% ante o trimestre imediatamente anterior e de +1,40% na comparação com igual período de 2011.

Em ambos os casos, os resultados ficaram dentro das estimativas dos analistas, mas abaixo da mediana prevista, após levantamento do AE Projeções.

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