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Atrasos nas privatizações é risco para Grécia, diz Moody's

Em relatório, a Moody's destacou a decepção com os esforços do governo grego para vender participações nas companhias de gás públicas Depa e Desfa


	Moody's: "Sem um compromisso entre os parceiros de coalizão, a possibilidade de novas eleições na Grécia vai aumentar, o que é negativo para o crédito soberano", avaliou a agência
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Moody's: "Sem um compromisso entre os parceiros de coalizão, a possibilidade de novas eleições na Grécia vai aumentar, o que é negativo para o crédito soberano", avaliou a agência (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 10h01.

Londres - A Grécia enfrenta um crescente risco de seu rating de dívida ser afetado pelo fracasso no cumprimento do programa de privatizações e pela turbulência política resultante do fechamento de uma emissora de televisão estatal, afirmou a agência de classificação de risco Moody's.

Em relatório, a Moody's destacou a decepção com os esforços do governo grego para vender participações nas companhias de gás públicas Depa e Desfa e as ameaças de uma ruptura na coalizão do primeiro-ministro Antonis Samaras após o fechamento da emissora estatal ERT. Segundo a Moody's, esses eventos colocaram a meta de 2,5 bilhões de euros em privatizações sob risco.

"Sem um compromisso entre os parceiros de coalizão, a possibilidade de novas eleições na Grécia vai aumentar, o que é negativo para o crédito soberano", escreveram os analistas Alpona Banerji e Michail Michailopoulos no relatório.

"Embora uma eleição antecipada não seja nosso cenário principal, o ambiente político extremamente contencioso continua impondo riscos negativos para uma implementação bem-sucedida do programa de ajuste estrutural da Grécia e sua recuperação econômica", acrescentaram.

A Moody's acredita que sem um rápido progresso na venda das companhias de gás e de outras empresas estatais, a Grécia, que é classificada com rating C pela agência, provavelmente ficará 1,5 bilhão de euros abaixo da meta de privatização para 2013 determinada pela troica.

No domingo, Samaras negou as especulações de que o súbito fechamento da ERT, que foi duramente criticado pelos próprios parceiros de sua coalizão de governo, possa levar a novas eleições no país. Fonte: Market News International.

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