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Ata do Copom, Galípolo, arrecadação federal e falas do Fed: o que move o mercado

Investidores analisam ata do Copom para entender se manuntenção da Selic em 10,50% foi um fim no corte de juros ou somente uma interrupção

Radar; mercado acompanha palestra de Gabriel Galípolo (Washington Costa/Ascom/MF/Flickr)

Radar; mercado acompanha palestra de Gabriel Galípolo (Washington Costa/Ascom/MF/Flickr)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 25 de junho de 2024 às 08h16.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 10h33.

Os mercados operam sem direção única nesta terça-feira, 25. As principais bolsas asiáticas encerraram o dia com ganhos (com exceção do índice Shangai). Na Europa, os índices abriram no negativo puxados pelas empresas de tecnologia e indústria. A Airbus chegou a cair quase 10% depois de revelar problemas persistentes na cadeia de suprimentos .

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em queda na esteira de uma realização de lucros, após baterem máximas puxados por Nvidia (NVDC34) na semana passada. Ontem, as ações da Nvidia caíram 6,68%, marcando a terceira sessão consecutiva de queda. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe de olho em recuperar os 123 mil pontos.

Ata do Copom

O destaque do dia fica com a repercussão da ata do Copom, divulgada pela manhã pelo Banco Central (BC). Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 10,50%. A decisão já era aguardada pelo mercado. No entanto, o que os investidores estavam de olho era como seria a votação e o comunicado. Isso porque na reunião anterior o colegiado ficou dividido entre cortar 50 pontos-base (bps, na sigla em inglês) ou 25 bps.

Os que votaram para o corte de 50 bps eram diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto os indicados pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) votaram pelo corte de 25 bps. O movimento gerou preocupação no mercado sobre como será o rumo da política monetária em 2025, quando a maior parte do colegiado será formada pelos indicados de Lula.

Entretanto, na última reunião, a votação unânime acalmou o mercado. Agora, investidores analisam a ata para entender o que embasou a decisão de manter a Selic e, além de tudo, se isso representa o fim do ciclo de corte de juros - iniciado em setembro do ano passado - ou uma interrupção. Além disso, o mercado também está de olho nos próximos passos do BC, porque por mais que os quatro diretores indicados pelo presidente Lula tenham aderido à unanimidade, isso não significa que não haja divergência sobre os próximos passos.

Galípolo e falas do Fed

De olho em autoridades econômicas, no Brasil, o mercado acompanha a palestra “A condução da Política Monetária em um ambiente mais adverso” do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Warren Investimentos às 10h. Já nos EUA, as diretoras do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Michele Bowman (8h e 15h10), e Lisa Cook (13h), discursam em eventos.

Arrecadação federal

De olho nos indicadores econômicos, às 10h30 a Receita Federal publica a arrecadação federal de maio. O consenso LSEG projeta receitas em R$ 200 bilhões, frente os R$ 228,9 bilhões em abril.

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