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Ata do Copom é o destaque em semana de agenda tranquila para investidores

Comitê divulga o documento da ultima reunião na quinta; mercado de trabalho no Brasil e construção civil nos EUA também em evidência

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2010 às 11h01.

São Paulo - A agenda econômica nacional promete uma semana tranquila para os investidores a partir da segunda-feira (14), sem indicadores de grande impacto, dizem os analistas. O ponto alto da semana é ainda extensão da reunião do Copom da última quarta-feira (9), que terá Ata divulgada na próxima quinta (17), às 8h30.

Para o economista da corretora Renascença Guilherme Meira, o documento deve servir como prévia da manutenção do comportamento do Comitê nas próximas reuniões. "O texto deve confirmar o ritmo de elevação em 0,75 ponto percentual nas próximas reuniões, após a decisão de alta dos juros de 9,50%  para 10,25%. Aguardamos pelo menos duas reuniões com a mesma velocidade de alta".

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com a criação líquida de empregos  - admissões menos demissões – são outro destaque no calendário nacional. Segundo o economista da corretora Ágora, Henrique Santos, a expectativa é a de criação de 250 mil novos postos de trabalho em maio. "É um número bastante forte e que sinaliza a manutenção do ritmo de criação de empregos, com efeitos direto e indireto nos outros setores, com a nova massa salarial impulsionando o consumo".

O calendário nacional terá ainda Balança Comercial Semanal na segunda-feira (14), às 11 horas;  os dados de inflação do IGP-10 e IPC-S na quarta-feira (16) às 8 horas; vendas no varejo, no mesmo dia, às 9 horas, IPC-Fipe, na terça-feira (15), às 5 horas; e o IGP-M do primeiro decêndio, na sexta (18), às 8 horas.

Indústrias americana e européia

No cenário americano, o destaque vai para a expectativa de queda no número de novas construções (House Starts), divulgado na quarta-feira (16), às 9h30 de Brasília. A diminuição é um dos primeiros reflexos na mudança da política de incentivo à construção pelo governo, explica Henrique Santos. "O mercado começou a sentir agora o fim do crédito tributário que era concedido para a compra de novas moradias".

A agenda americana segue com os dados da produção industrial de maio na quarta-feira (16), às 11h15, para a qual é esperada uma ligeira desaceleração, com aumento de 0,7%, contra o 0,8% no mês anterior, de acordo com o portal Briefing.com. São aguardados ainda os dados de produção industrial (Industrial Production) e capacidade utilizada (Capacity Utilization), na quarta-feira, às 9h30; e os indicadores antecedentes (Leading Indicators), na quinta-feira (17), às 11. Ainda segundo o Briefing.com, o consenso dos mercados para os indicadores antecedentes é de avanço de 0,4% em maio, contra a queda de 0,1% no mês anterior.

Na segunda-feira (14), a Zona do Euro divulga a produção industrial para o mês de abril, às 6 horas. Segundo Santos,  a expectativa é de expansão de 0,6%, ante 1,3% no mês passado, ainda na esteira das instabilidades no continente. "A desaceleração é reflexo da produção menor na Espanha e na Inglaterra, que destoa da expansão na Alemanha e Itália".
 

 

 

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