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AstraZeneca prevê fechar acordo com Trump para reduzir preços de medicamentos nos EUA

Medida tem como objetivo corrigir disparidade de preços e reduzir dependência de importações farmacêuticas

AstraZeneca: farmacêutica deve anunciar acordo com Trump para corrigir preços de medicamentos (Roland Magnusson/Getty Images)

AstraZeneca: farmacêutica deve anunciar acordo com Trump para corrigir preços de medicamentos (Roland Magnusson/Getty Images)

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 20h16.

A AstraZeneca planeja anunciar um acordo com o presidente Donald Trump para reduzir os preços de seus medicamentos nos Estados Unidos As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pela Bloomberg.

Com a movimentação, a empresa se torna a segunda farmacêutica a fechar um pacto alinhado a uma das prioridades de saúde do governo norte-americano.

Até o momento, o que se sabe é de que a iniciativa faz parte de um esforço para reduzir os preços dos medicamentos nos EUA e garantir que outros países desenvolvidos contribuam de forma mais equilibrada nos custos de desenvolvimento de novos tratamentos inovadores.

A Pfizer foi a primeira a estabelecer um acordo similar no final de setembro, comprometendo-se a reduzir em até 85% os preços de alguns medicamentos e vendê-los diretamente ao consumidor em troca do adiamento de três anos das tarifas que Trump ameaçava impor.

Redução de preços e incentivo a produção local

O acordo com a AstraZeneca fortalece os esforços do governo Trump e pode estimular outras farmacêuticas a negociarem medidas semelhantes. O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, declarou em julho que os EUA deveriam pagar preços equivalentes aos de outros países para medicamentos recém-desenvolvidos.

Soriot se reuniu com o administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, Mehmet Oz, na Virgínia, onde a empresa expande sua produção nos EUA como parte de um investimento de US$ 50 bilhões.

O governo Trump também iniciou investigação para avaliar se a dependência de importações representa risco à segurança nacional e pediu que as farmacêuticas aumentem a produção doméstica.

Em setembro, a AstraZeneca lançou uma plataforma de venda direta ao consumidor, permitindo que pacientes comprem medicamentos como Farxiga, para diabetes, e o inalador Airsupra, para asma, com descontos de até 70% nos preços de tabela.

O mercado americano tradicionalmente apresenta os preços mais altos do mundo para medicamentos. Essa estrutura permitiu que países europeus e outros se beneficiassem do investimento dos EUA sem contribuir proporcionalmente para o custo.

Com isso, o governo pretende ajustar essa discrepância com o conceito de preço da nação mais favorecida, exigindo que os medicamentos vendidos nos EUA tenham preços equivalentes ou inferiores aos praticados em outros países.

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