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Ásia fecha em baixa, a despeito de dados da China

A região não contou com negociações no Japão e na Índia, por causa de feriados


	Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou com ligeira alta de 0,07%, aos 2.149,63 pontos
 (ChinaFotoPress/Getty Images)

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou com ligeira alta de 0,07%, aos 2.149,63 pontos (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 07h02.

Xangai - Os principais mercados acionários da Ásia encerraram o pregão em queda, apesar da surpresa positiva com o dado de atividade no setor de serviços da China. A região não contou com negociações no Japão e na Índia, por causa de feriados.

A China reportou durante o fim de semana o índice oficial dos gerentes de compras (PMI) de serviços, com uma alta para 56,3 em outubro, na maior leitura em 14 meses. O dado impulsionou as bolsas asiáticas no início do pregão, mas os mercados perderam força no decorrer da sessão.

Os investidores ainda aguardam por eventos importantes para os próximos dias. Esta noite o HSBC também divulga o PMI de serviços da China para outubro, enquanto o Partido Comunista dará início no fim de semana à reunião na qual se espera o anúncio de reformas econômicas. O mercado também aguarda o relatório de emprego dos EUA na sexta-feira, 1.

"Enquanto isso, alguns especuladores podem comprar ações do setor ambiental, de serviços e de telecomunicações, já que esses setores provavelmente ganharão a maior atenção dos líderes do país em sua busca para direcionar a economia da China a um caminho mais sustentável", disse Zhang Gang, analista na Central China Securities.

O índice Xangai Composto encerrou com ligeira alta de 0,07%, aos 2.149,63 pontos, o Shenzhen Composto subiu 0,4%, aos 1.021,47 pontos, e o Hang Seng perdeu 0,26% e recuou para 23.189,62 pontos. Em Hong Kong, os investidores adotaram uma postura de cautela antes da divulgação do resultado trimestral do HSBC, o maior representante do índice Hang Seng, com 15% de participação.


No mercado chinês, as ações do setor bancário e de construtoras encerraram o dia em baixa. Os investidores estão preocupados com uma queda no ritmo de crescimento do lucro dos bancos em meio à pressão das taxas de juros e de uma economia doméstica em fase de maturação, enquanto no setor imobiliário há preocupação de mais medidas de aperto após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) dizer que aumentará o valor da entrada para a compra de um segundo imóvel para 70%, de 60%.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,4% e atingiu os 5.390,5 pontos, um dia antes da decisão de política monetária do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), o que reduziu o volume negociado no pregão.

O cenário corporativo foi movimentado por resultados trimestrais. As ações do Westpac, o segundo maior banco do país, recuaram 1,2% após a instituição anunciar uma receita abaixo do esperado, embora o lucro líquido tenha crescido 8%, para 7,1 bilhões de dólares australianos. As ações da Coca-Cola Amatil perderam 4,7% depois de a empresa alertar que o lucro operacional do ano fiscal de 2014 provavelmente cairia de 5% a 7% do resultado de um ano antes.

O mercado australiano também foi pressionado pela sugestão do presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, de que o a redução do programa de estímulos dos EUA pode ocorrer antes do esperado. Ele disse que o risco de uma crise fiscal não pesou na decisão de setembro e que não será uma consideração no futuro.

Em Taiwan, o índice Taiwan Weighted recuou 0,4%, para 8.354,14 pontos, à medida que os investidores permaneceram longe do mercado na espera pela divulgação de metas das empresas para o quarto trimestre, disse Henry Miao, analista na Hua Nan Securities. Nas Filipinas o índice PSEi recuou 0,6%, aos 6.543,39 pontos, também na expectativa por resultados trimestrais. Na Coreia do Sul o índice Kospi fechou em baixa de 0,7% e caiu para 2,025,17 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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