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Ásia fecha em alta e bolsas da Europa avançam com expectativas de acordo com EUA

Nikkei renova recorde; mercados europeus sobem à espera de alívio tarifário; Trump visita o Fed e investidores monitoram dados e balanços nos EUA

União Europeia: autoridades do bloco devem se reunir com líderes empresariais e organizações comerciais nesta semana para discutir possíveis mudanças nas regras ESG (Santiago Urquijo/Getty Images)

União Europeia: autoridades do bloco devem se reunir com líderes empresariais e organizações comerciais nesta semana para discutir possíveis mudanças nas regras ESG (Santiago Urquijo/Getty Images)

Publicado em 24 de julho de 2025 às 06h26.

Os mercados da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira, 24, majoritariamente em alta. O Topix, do Japão, saltou 1,75% e fechou em nova máxima histórica, aos 2.977,55 pontos. Já o Nikkei 225 avançou 1,59%, refletindo otimismo com os recentes avanços comerciais com os Estados Unidos.

Na China, o CSI 300 subiu 0,71%, impulsionado pelo anúncio de novos subsídios mensais para idosos, em forma de cupons eletrônicos voltados a serviços de cuidado, como parte de uma política fiscal mais direta para estimular o consumo. Em Xangai, o índice avançou 0,65%; já o Hang Seng, de Hong Kong, fechou em alta de 0,51%.

Na Coreia do Sul, o Kospi registrou alta de 0,21%, enquanto o índice de small caps, Kosdaq, recuou 0,45%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,32%.

Europa em alta

Os mercados europeus operam em alta nesta manhã, sustentados por expectativas de um acordo tarifário entre Estados Unidos e União Europeia. Por volta das 6h (horário de Brasília), o DAX, da Alemanha, subia 1,06%; o CAC 40, da França, ganhava 0,34%; o FTSE 100, de Londres, avançava 1%; e o índice europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,63%.

Segundo diplomatas ouvidos pela CNBC, Bruxelas e Washington estariam próximos de um acordo que reduziria a tarifa base para 15%, bem abaixo dos 30% programados para entrar em vigor no dia 1º de agosto. Mesmo com o avanço das negociações, a União Europeia segue preparando medidas retaliatórias caso o acordo não se concretize.

Entre os destaques corporativos, a petroleira TotalEnergies reportou queda de 23% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre, para US$ 3,6 bilhões, mas manteve o programa de recompra de ações de até US$ 2 bilhões.

O banco BNP Paribas confirmou suas projeções e disse esperar aceleração de receita no segundo semestre.

A gigante de alimentos Nestlé, por sua vez, superou expectativas de crescimento, com avanço de 2,9% nas vendas no semestre, impulsionado por reajustes de preços.

Visita de Trump ao Fed

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam mistos no início da manhã. Os contratos do S&P 500 subiam 0,07%, enquanto os do Nasdaq 100 avançavam 0,34%. Já os futuros do Dow Jones recuavam 0,31%, pressionados por queda nas ações da IBM após balanço abaixo do esperado.

Na véspera, os principais índices fecharam em alta: o S&P 500 subiu 0,78% e renovou sua máxima histórica; o Dow Jones ganhou 1,14%, ficando a poucos pontos de um novo recorde; e o Nasdaq avançou 0,61%, superando os 21 mil pontos pela primeira vez.

O foco do dia está na visita do presidente Donald Trump ao Federal Reserve, a primeira de um chefe de Estado ao banco central em quase 20 anos. A ida ocorre em meio a críticas públicas de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell.

Além disso, investidores acompanham dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego, vendas de novas residências em junho e os índices preliminares de atividade (PMIs) de julho.

No radar corporativo, estão previstos os balanços de empresas como Dow, Honeywell, American Airlines e Union Pacific.

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