As vendas em restaurantes nos EUA nos últimos 12 meses aumentaram 6% (Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 17 de junho de 2025 às 16h34.
Última atualização em 17 de junho de 2025 às 16h41.
Uma das primeiras coisas que as pessoas abrem mão quando estão receosas com a economia é sair para almoçar ou jantar. Será que o atual momento das guerras tarifárias está encorajando os consumidores a fazer isso mesmo?
Segundo reportagem do MarketWatch, uma queda acentuada nos gastos em restaurantes nos EUA em maio sugere que os morte-americanos estão abrindo menos a carteira para isso. À primeira vista, a queda nos gastos em restaurantes foi feia. As vendas caíram quase 1%, a maior desde fevereiro de 2023.
No entanto, esse declínio foi baseado em números com ajuste sazonal. O governo usa essas estatísticas para tentar compensar os padrões de gastos que variam de acordo com a época do ano.
Os números reais ou não ajustados, porém, contam outra história. Eles mostram um aumento de 6,3% em maio nos gastos com alimentos fora de casa. Os números brutos também mostram um nível recorde de gastos.
As vendas em restaurantes são reportadas no que os economistas chamam de termos "nominais" — ou seja, não são ajustadas pela inflação.
De acordo com o MarketWatch, os gastos em restaurantes geralmente aumentam e estabelecem novos recordes a cada ano. O aumento pode ser reflexo de uma população em constante crescimento, preços mais altos devido à inflação ou uma tendência de longo prazo em que as pessoas cozinham menos em casa.
Seja como for, há poucas evidências de que as guerras comerciais em curso tenham desencorajado as pessoas a sair para comer ou a gastar mais com comida para viagem. Um mês não define uma tendência.
As vendas em restaurantes nos últimos 12 meses aumentaram 6% em números não ajustados, seguindo os padrões de longo prazo.
O site OpenTable mostrou que as reservas em restaurantes aumentaram quase 10% na última semana em comparação com o ano anterior.