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As perspectivas do HSBC para os bancos médios brasileiros

O banco acredita que as ações de Pine, ABC Brasil, Daycoval e BIC Banco já estão bem precificadas pelo mercado


	Bancos médios: não há catalisadores no curto prazo para levar as ações a um desempenho superior
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Bancos médios: não há catalisadores no curto prazo para levar as ações a um desempenho superior (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 17h11.

São Paulo - Em relatório apresentado nesta segunda-feira o HSBC traçou as perspectivas para os bancos médios brasileiros. “Acreditamos que as ações dos bancos médios estão negociadas perto de seus valores justos e não vemos catalisadores em curto prazo que possa ajudá-las a apresentar um desempenho superior”, afirma Mariel Santiago, analista que assina o relatório.

O analista destaca que os principais fatores negativos para o setor são: as perspectivas moderadas de recuperação da economia brasileira, que devem limitar a melhoria no crescimento do crédito; as despesas de provisões acima da média; e uma contínua pressão sobre as margens, decorrente da alta nos custos de captação e da mudança no mix de crédito. Veja a seguir as perspectivas para Pine, ABC Brasil, Daycoval e BIC Banco. 

Pine

Na opinião de Mariel, as perspectivas “relativamente saudáveis” já estão parcialmente refletidas nas avaliações do Pine (PINE4). Por essa razão, os papéis são classificados como neutral, e o preço-alvo reduzido de 16,50 reais para 15 reais.

As estimativas de lucro líquido também foram reduzidas em 14% em 2013, para 174 milhões de reais, principalmente devido ao crescimento mais fraco que o esperado do crédito e maior pressão sobre as margens.

Por outro lado, o analista destaca os fortes fundamentos do banco e de sua base de receitas diversificadas, da qual 40% são provenientes de seu segmento de prestação de serviços.

ABC Brasil

Desde julho de 2012, as ações do banco ABC Brasil (ABCB4) tiveram alta de 55% , antes recuo de 2% do Ibovespa. Dada tamanha valorização, o HSBC decidiu rebaixar os papéis de alocação acima da média (overweight) para neutra. O preço-alvo, no entanto, foi elevado de 12,50 reais para 16,50 reais.

“Apesar de gostarmos dos sólidos fundamentos do ABC Brasil, que ofuscam seus pares em mais de um parâmetro, acreditamos que, neste patamar, as ações estão negociadas perto de seu valor justo”, explica o analista.


A estimativa para o lucro líquido de 2013 foram reduzidas em 15% para 251 milhões de reais, também em virtude do crescimento mais fraco que o esperado do crédito e maior erosão das margens.

Daycoval

A recomendação para as ações do Daycoval (DAYC4) foram rebaixadas de neutra para alocação abaixo da média (underweight) por conta dos fundamentos mais fracos do banco e da pressão contínua sobre os resultados, que decorre da deterioração na qualidade dos ativos, compressão de margens e falta de crescimento do crédito. 

A estimativa de lucro líquido em 2013 também foi reduzida em 5% para 330 milhões de reais. Já o preço-alvo, por outro lado foi elevado de 10 reais para 10,50 reais. 

O analista destaca que as despesas operacionais devem continuar a representar um peso, conforme o banco abre mais agências neste ano.

BIC Banco

Em relação ao BIC Banco (BICB4), a postura do HSBC é de cautela, com classificação de alocação abaixo da média e preço-alvo reduzido de 6 reais para 5 reais. 

“Acreditamos que os lucros devem permanecer sob impacto negativo da fraca qualidade de ativos, compressão de margens e crescimento moderado do crédito”, explica o analista.

Além disso, o banco deve ter despesas adicionais à medida que dá continuidade a seu plano de redução de custos e retorna seu foco em negócios no segmento de grandes empresas.

As estimativas de lucro líquido para 2013 foram reduzidas em 52%, para 148 milhões de reais.

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