Embraer (Divulgação/Embraer)
Karla Mamona
Publicado em 26 de novembro de 2016 às 08h05.
Última atualização em 26 de novembro de 2016 às 08h05.
São Paulo - O Ibovespa acumula ganhos de 41% desde janeiro. O bom desempenho do principal índice da Bolsa se deve principalmente as mudanças políticas no país.
Mas nem todos os papéis acompanham este cenário otimista. Entre as ações 58 ações listadas no Ibovespa, três papéis acumulam perdas de mais de 30% no ano: Embraer, Fibria e Suzano.
Em comum, estas empresas têm sofrido com com a desvalorização do dólar. Desde janeiro, a moeda americana acumula perdas de quase 15%. Isso é ruim para estas empresas porque são exportadoras e boa parte das suas receitas é dolarizada.
As ações ordinárias da Embraer acumulam queda de 43,95% no ano. Para tentar reajustar as contas, a companhia anunciou um plano para cortar 200 milhões de dólares em custo. A maior parte, entre 100 milhões de dólares e 130 milhões de dólares, virá da redução da força de trabalho. Outros 70 milhões de dólares virão de outras despesas.
Além do câmbio, outro fato que impactou negativamente no desempenho das ações da Embraer na Bolsa foi a investigação por pagamento de propina em Moçambique, Arábia Saudita, Índia e República Dominicana. A empresa teve que pagar 206 milhões de dólares para as autoridades brasileiras e americanas para encerrar o caso.
Papel e Celulose
Já a Fibria e Suzano acumulam perdas de 38,49% e 30,13%, respectivamente.
Para tentar amenizar o impacto do dólar, a Suzano anunciou o reajuste de preços para clientes asiáticos. No começo desta semana, foi anunciado que a partir de dezembro, a tonelada de papel e celulose terá um aumento de 20 dólares, ficando em 550 dólares.
Em nota, a empresa disse que “entende que os fundamentos de mercado neste momento suportam esse anúncio.”