São Paulo – Março foi um mês de fortes emoções na Bovespa. Os investidores viram surpreendentes disparadas das ações de estatais, que ganharam força após pesquisa indicar uma queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Além disso, a agência de classificação de risco, Standard & Poor's, cortou a nota da dívida soberana do país. Agora, o Brasil é BBB-, última posição que ainda indica grau de investimento (e baixo risco de calote), junto com Espanha, Marrocos e Índia. No entanto, o corte foi ignorado pelo mercado. Para boa parte dos analistas, o cenário de corte na nota brasileira já estava amplamente precificado. O principal índice da bolsa se despediu do mês com uma alta acumulada de 7%. Veja a seguir as ações que mais subiram e as que mais caíram na bolsa brasileira em março.
Desempenho em março: +32% A Eletrobras foi uma das estatais que ganharam forte impulso na Bovespa nos últimos pregões de março, após uma pesquisa mostrar uma queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Desempenho em março: +19,7% A Eletrobras reportou prejuízo líquido de R$ 6,287 bilhões em 2013, o que representa um recuo de 8,6% sobre o resultado negativo de R$ 6,879 bilhões reportado em 2012. Segundo a estatal, o prejuízo verificado no ano passado reflete as novas tarifas de geração e transmissão dos ativos cujas concessões foram renovadas nos termos da Lei 12.783/13.
Desempenho em março: +18,4% A CESP, geradora de energia controlada pelo governo do Estado de São Paulo, teve prejuízo líquido de 990,5 milhões de reais no quarto trimestre de 2013, num resultado afetado negativamente por provisão relacionada ao fim da concessão da hidrelétrica Três Irmãos. A geradora registrou uma provisão de 1,81 bilhão de reais no seu resultado, referente à diferença entre a indenização que a companhia calcula que tem a receber por investimentos não amortizados na hidrelétrica Três Irmãos e o valor que o governo federal disse que irá pagar.
Desempenho em março: +18% A Copel reverteu o prejuízo e encerrou o quarto trimestre de 2013 no azul, mas ainda assim com lucro abaixo do esperado por analistas, informou a companhia paranaense de energia na noite de segunda-feira. Entre outubro e dezembro, a Copel teve lucro líquido de 178 milhões de reais, ante perdas de 97 milhões de reais em igual período de 2012, e abaixo dos ganhos de 249,1 milhões esperados por analistas em pesquisa da Reuters.
Desempenho em março: +16,2% A Lojas Americanas deve manter a abertura de 100 lojas por ano daqui para frente, mantendo o ritmo de expansão entre 2009 e 2013, disse recentemente o vice-presidente financeiro e diretor de Relações com Investidores da varejista, Murilo Côrrea. "Temos recursos para abrir mais, mas nós queremos abrir a loja correta", disse o executivo em teleconferência com analistas, citando a manutenção do rigor na inauguração dos novos pontos de vendas, para os quais a Lojas Americanas espera retorno do investimento em dois anos.
Desempenho em março:+16,1% O reajuste dos combustíveis anunciado em novembro ajudou, mas não impediu a Petrobras de amargar nova queda no lucro líquido durante o quarto trimestre de 2013. O balanço divulgado no dia 25 de fevereiro pela estatal trouxe lucro de R$ 6,281 bilhões entre outubro e dezembro, uma retração de 18,9% sobre o quarto trimestre de 2012. Após o anúncio, os papéis preferenciais chegaram a desvalorizar 11%. Mais tarde, a perspectiva da perda de espaço de Dilma Rousseff na corrida presidencial fez as ações dispararem e se recuperarem das perdas.
Desempenho em março: +15,99% No pregão do dia 18 de março, o valor de mercado da Cielo chegou a ultrapassar o do Banco do Brasil. Enquanto o banco tinha seu valor estimado em 53,22 bilhões de reais, a Cielo alcançava 54,24 bilhões de reais, segundo um levantamento realizado pela Economatica.
Desempenho em março: +15,38% O Credit Suisse considera os bancos privados brasileiros uma boa opção em meio às turbulências do mercado brasileiro, “um óasis em meio ao deserto”, conforme o título dado ao relatório recente em que a instituição melhora a recomendação para o Bradesco, de manter (neutral) para comprar (overweight). A ação do Bradesco é a preferida do setor, ao lado da do Itaú Unibanco, que também tem recomendação de compra.
Desempenho em março:+15,17% O reajuste dos combustíveis anunciado em novembro ajudou, mas não impediu a Petrobras de amargar nova queda no lucro líquido durante o quarto trimestre de 2013. O balanço divulgado no dia 25 de fevereiro pela estatal trouxe lucro de R$ 6,281 bilhões entre outubro e dezembro, uma retração de 18,9% sobre o quarto trimestre de 2012. Após o anúncio, os papéis preferenciais chegaram a desvalorizar 11%. Mais tarde, a perspectiva da perda de espaço de Dilma Rousseff na corrida presidencial fez as ações dispararem e se recuperarem das perdas.
Desempenho em março: +14,4% A fusão anunciada das duas maiores companhias de educação do Brasil está diante de um impasse. De um lado, a Kroton quer revisar termos e poderia obter uma fatia maior da empresa resultante da fusão. Já a Anhanguera defende a manutenção do acordo firmado há um ano.
Desempenho em março:-13% A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que a Superintendência de Valores Mobiliários suspendeu a oferta pública de ações da Oi, operação bilionária e fundamental para o sucesso da fusão com a Portugal Telecom, em uma decisão válida por até 30 dias. A decisão da CVM ocorreu após declarações do presidente da Oi, Zeinal Bava, à imprensa sobre a oferta na véspera, o que não é permitido pela legislação até o seu encerramento, afirmou a autarquia.
Desempenho em março: -7,6% A Bradespar, que tem seus investimentos concentrados na Vale e na CPFL Energia, reportou prejuízo líquido de R$ 900,388 milhões no quarto trimestre de 2013, o que representa alta de 164,6% sobre o resultado negativo de R$ 340,338 milhões obtido no mesmo período de 2012. Em todo o ano de 2013, houve prejuízo de R$ 47,709 milhões, ante lucro de R$ 486,066 milhões no ano anterior.
Desempenho em março: -5,6% A fabricante de papel e celulose Suzano teve prejuízo no quarto trimestre, pressionada pela valorização do dólar ante o real, e espera agora reduzir seu nível de endividamento com a entrada em operação de sua fábrica de celulose no Maranhão. Apenas em 2013, a empresa investiu 1,9 bilhão de reais na construção da unidade em Imperatriz (MA), cujas operações tiveram início no fim de dezembro de 2013. Com isso, a dívida líquida atingiu 4,9 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), um nível bem acima do registrado pelas outras duas empresas do setor com ações em bolsa.
Desempenho em março:- 4,7% A Vale admitiu que pode perder os direitos de mineração da jazida de Simandou, considerada um dos melhores depósitos de minério de ferro do mundo, na Guiné. Se isso ocorrer, a mineradora perderá 507 milhões de dólares que foram investidos na compra dos direitos. Em relatório anual entregue à Securities Exchange Commission (SEC), a CVM americana, a empresa explicou que um novo código de mineração adotado no país introduziu exigências mais onerosas às mineradoras, como mais impostos, mais obrigações trabalhistas, mais transparência e medidas anticorrupção.
Desempenho em março: - 4,6% A construtora e incorporadora PDG não espera muitos entraves em relação ao seu crescimento apesar do cenário macroeconômico incerto em 2014, ano em que pretende retomar a geração de caixa. A companhia divulgou um lucro líquido de 19 milhões de reais em 2014, enquanto a média das projeções dos analistas apontava para prejuízo.
Desempenho em março:- 3,8% A Companhia Siderúrgica Nacional espera ter forte recuperação de margens de lucro em 2014, apoiada em expansão da produção de minério de ferro, que receberá investimentos de 1,5 bilhão de reais neste ano, mais que o dobro do feito em 2013. A empresa prevê vendas de 44 milhões de toneladas de minério de ferro em 2014, após 25,7 milhões em 2013, e espera que o avanço seja apoiado pelas obras em seu porto em Itaguaí (RJ), que atingiu capacidade de 45 milhões de toneladas anuais.
Desempenho em março: - 3,1% A nova versão do jato E175, com melhorias que proporcionam uma redução de 6,4% no consumo de combustível, deve permitir que a Embraer atravesse os próximos anos até as entregas da nova geração de aviões comerciais, a chamada E2, disse o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo César Silva.
Desempenho em março: - 2,5% A Vale anunciou que pagará no dia 30 de abril a primeira das duas parcelas de US$ 2,1 bilhões (R$ 4,75 bilhões, considerando a cotação de hoje do dólar comercial, R$ 2,26), da remuneração mínima aos acionistas de 2014, resultando em um total de US$ 4,2 bilhões (R$ 9,5 bilhões).
Desempenho em março: -2,3% A Gerdau reportou um lucro líquido de R$ 492 milhões no quarto trimestre de 2013, o que representou um aumento de 244,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral houve uma queda de 23,4%. No ano o lucro da siderúrgica gaúcha somou R$ 1,694 bilhão, alta de 13,2% ante os doze meses anteriores.
Desempenho em março: -1,86% Para minimizar os impactos financeiros negativos da atual crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiu adotar um programa de cortes no orçamento de 2014 e reprogramar o plano de investimentos para este ano, informou nesta segunda-feira, 31, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso.
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