Bolsa: PetroRio estreia no Ibovespa com queda mensal de 16,71% (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 30 de setembro de 2020 às 20h23.
Última atualização em 30 de setembro de 2020 às 20h53.
Setembro foi mais um mês negativo para a bolsa brasileira. Permeado pelo risco fiscal e maior aversão ao risco no mundo, com eleições americanas e segunda onda de coronavírus, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou em queda de 4,8%, chegando à segunda perda mensal consecutiva.
Com o cenário negativo, somente 17 das 78 ações do índice encerraram o mês em alta. Na ponta do Ibovespa ficaram os papéis da Localiza, que subiram 17,7% em setembro. A forte valorização teve como pano de fundo o anúncio da fusão com a Unidas. Em relatório, Bruno Lima, analista da EXAME Research, considera a operação como de “grandes proporções” e avalia que deve gerar ganhos de sinergia significativos, aumentando escala e facilitando o acesso a créditos.
Também figurou entre as maiores altas as ações da RaiaDrogasil, que terminaram o mês com apreciação de 8,77%. Parte da valorização foi obtida no último pregão, de quarta-feira, 30, quando os papéis da empresa subiram 6,79%, após anunciar planos para abrir 480 lojas nos próximos dois anos.
Entre as maiores baixas, ficaram as ações da PetroRio, que estrearam no índice com queda de 16,71% no mês. Parte do movimento se deu em razão do preço do barril de petróleo, que teve sua primeira desvalorização mensal desde abril, com o ressurgimento dos casos de coronavírus na Europa aumentando as incertezas sobre a demanda.
Mas, na ponta negativa, ficaram as ações da B2W, que despencaram 19,73% em setembro, com os investidores ainda realizando lucros, após os papéis do braço digital da Lojas Americanas chegar a liderar as altas do índice durante os períodos de quarentenas mais rígidas.