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As ações que mais subiram e as que mais caíram em novembro de 2020

Motivado por desenvolvimento de vacinas, Ibovespa tem melhor mês desde 2016; rotação para ações que sofreram com pandemia marca período

Bolsa: Ibovespa avança 15,9% em novembro (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: Ibovespa avança 15,9% em novembro (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 30 de novembro de 2020 às 19h41.

Última atualização em 30 de novembro de 2020 às 20h06.

O Ibovespa avançou 15,9% em novembro e registrou a maior alta mensal desde março de 2016, chegando a tocar a maior pontuação desde antes da quarta-feira de cinzas, que marcou o começo dos impactos da pandemia no mercado brasileiro. Neste mês, o índice também encerrou a sequência negativa de três meses consecutivos de perdas.

A expectativa de menores tensões comerciais com a vitória de Biden no início do mês contribuiu para a atração de cerca de 30 bilhões de reais de investidores estrangeiros para a bolsa. Mas nem um outro motivo teve tanto impacto quanto as notícias sobre o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus.

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Com esperanças de que a pandemia termine em breve, o mercado global promoveu uma forte rotação de posições para ações de empresas que mais sofreram com as medidas de isolamento social. E no Brasil não foi diferente.

As maiores altas do índice foram dominadas pelo setor de viagens, com as ações da Azul (AZUL4) encerrando na liderança, com valorização de 68,60%, reduzindo sua queda acumulada no ano para 34,76%. Mesmo após a dispara dos papéis da companhia aérea, parte do mercado ainda acredita que há espaço para novas altas.

Essa, por exemplo é a opinião de analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame), que elevaram a recomendação para a compra. Segundo o relatório, divulgado no início desta semana, o ativo ainda tem potencial de valorização de 23,6% em relação à cotação de fechamento desta segunda-feira, 30.

Também beneficiadas pelo noticiário sobre as vacinas, as ações da CVC (CVCB3) e da GOL (GOLL4) não ficaram muito atrás, com respectivas altas de 49,9% e 48,45% no mês. Entre as três ações do setor de viagens a da CVC é a que ainda acumula a maior queda no ano, de 58,4%.

Outro setor que beneficiado pelos avanços das vacinas foi o de petróleo. Com a perspectiva de que o fim da pandemia aumente a demanda global pela commodity, o petróleo brent subiu 27% no mês. Já as duas petroleiras presentes no Ibovespa tiveram altas ainda maiores.

Com maior participação no índice, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) avançaram 34,47% no período, enquanto os preferenciais (PETR4), 31,47%. Mas, o maior destaque ficou com a ação da PetroRio (PRIO3) que disparou 60,19% no mês. Além de ter sido favorecida pela valorização do petróleo, o ativo ainda foi beneficiado pelo o anúncio da compra do campo de Wahoo, que deve proporcionar grande sinergia com campos já explorados pela companhia, além, é claro, de aumentar a produção de petróleo.

Por outro lado, ações que tiveram os melhores desempenhos nos meses de isolamentos mais rígidos devido à pandemia, neste mês, ficaram entre as maiores quedas. Na lanterna do índice, ficaram as ações da B2W (BTOW3). Braço digital das Lojas Americanas, e dona das marcas Submarino e Shoptime, a empresa 100% focada em e-commerce teve desvalorização de 6,43% no mês.

Logo na sequência, as ações da Magazine Luiza ficaram com a segunda pior performance do mês, com queda de 5,08%. Mesmo com a desvalorização, no ano, os papéis da varejista ainda figuram entre as maiores altas do índice, com valorização acumulada de 96,43%.

Já na terceira pior colocação de novembro ficaram as ações da Weg (WEGE3), que fecharam o mês com depreciação de 2,98%. Ainda assim, os papéis da companhia mantiveram a liderança do Ibovespa no ano, com alta acumulada de 113,86% no ano. Com maior parte da receita em dólar, a empresa foi prejudicada pela queda de 7,19% da moeda americana no período. Também havia dúvidas sobre o nível de preço das ações da companhia, embora seja considerada uma das mais bem administradas da bolsa.

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