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As ações que mais perderam e ganharam em agosto

Papéis da Marfrig despencam 49,4%, enquanto as ações da AmBev dispararam 21%

Perfil defensivo das ações da AmBev garantiu o desempenho em agosto (Divulgação)

Perfil defensivo das ações da AmBev garantiu o desempenho em agosto (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 19h29.

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São Paulo – As ações da Marfrig (MRFG3) despencaram 49,4% em agosto e ocuparam o lugar do pior desempenho da bolsa brasileira no mês. A performance ficou muito abaixo da atingida pelo Ibovespa, que caiu 3,96% no período, aos 56.495 pontos. Na outra ponta do índice, as ações da fabricante de bebidas AmBev (AMBV4) brilharam com uma valorização de 21%.

O frigorífico Marfrig foi vítima de um ataque especulativo. Os fundos da gestora GWI, que sucumbiram mais uma vez à crise financeira (a primeira vez foi em 2008), compraram papéis a termo, ou seja, com recursos emprestados de corretoras com o depósito de margem de 17% do valor investido. Com a queda dos preços, a empresa precisou disponibilizar mais recursos e, como não o fez, as ações foram liquidadas a preços muito baixos.

Os papéis da empresa chegaram a subir nesta quarta-feira com o anúncio de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade e sem restrições a compra da Seara pela Marfrig. A alta de 0,4%, contudo, não o suficiente para retirá-la da posição isolada de pior da bolsa. Os papéis da Eletropaulo (-17,7%), ALL (-17,6%), Fibria (-16%) e Eletrobras (-13%) estão entre os Top 5 negativos da Bovespa.

As 5 maiores altas e baixas do mês de agosto
Empresa Código Preço (R$) Var. % Empresa Código Preço (R$) Var. %
AmBev AMBV4 55,35 20,88 Marfrig MRFG3 7,69 -49,41
MRV MRVE3 13,4 16,52 Eletropaulo ELPL4 28,13 -17,77
Hypermarcas HYPE3 13,34 11,91 ALL ALLL3 9,23 -17,59
B2W BTOW3 16,05 10,91 Fibria FIBR3 15,6 -16
TAM TAMM4 33 10,75 Eletrobras ELET3 16,3 -13,02

AmBev

A fabricante de bebidas AmBev disparou 21% no mês e ocupou o lugar de melhor desempenho da bolsa em agosto. Durante o período, a empresa divulgou ter alcançado um lucro líquido de 3,9 bilhões no primeiro semestre do ano, um crescimento de 24% na comparação com o mesmo período de 2010. A receita líquida do primeiro semestre somou R$ 12,373 bilhões, alta de 4,9% sobre a de R$ 11,799 bilhões dos meses de janeiro a junho do ano passado.

“O lucro líquido acabou ficando um pouco acima devido às maiores subvenções governamentais no Brasil e à reversão de provisões de impostos”, disse o analista da Link Investimentos, Rafael Cintra, em um relatório publicado após o resultado. “Nesse ambiente de alta volatilidade no mercado acionário, as ações da empresa devem ter um desempenho acima da média do mercado devido à sua característica defensiva”, afirmou Cintra.

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