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As ações mais promissoras para investir em 2019

Em 2019, os investidores da Bolsa deverão agir com cautela à espera das articulações políticas no Governo Bolsonaro. Veja as recomendações

 (nopparit/Getty Images)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 29 de dezembro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 29 de dezembro de 2018 às 07h00.

São Paulo - Em 2019, os investidores da Bolsa deverão agir com cautela à espera das articulações políticas no Governo Bolsonaro, pelo menos no 1º trimestre. De um lado, a popularidade do presidente eleito colabora para um risco menor de frustração com as reformas. De outro, a aversão ao risco em relação ao cenário externo é maior. O principal medo é que a economia norte-americana possa estar desacelerando.

Para ajudar quem vai investir, EXAME consultou seis corretoras que indicaram as ações que mais devem se valorizar em 2019. Foram consultadas as seguintes instituições: Coinvalores, Guide, Elite, Socopa, Terra Investimentos e Toro Investimentos.

A seguir, confira seis recomendações de ações, listadas em ordem alfabética.

BRF (BRFS3)

As ações da BRF estão operando com um grande desconto na Bolsa e devem se valorizar, segundo um relatório da corretora Socopa. As ações devem ser impulsionadas pela reconquista gradual da confiança e diminuição da percepção de risco ao longo do tempo. A empresa passa por uma fase de desafios operacionais, mas recentemente anunciou um plano de reestruturação.

Engie (EGIE3)

Do lado “macro”, as perspectivas de recuperação da atividade econômica devem impulsionar os volumes da Engie e houve um avanço dos resultados e margens operacionais da companhia após a integração das aquisições. Além disso, estrutura de capital da empresa melhorou, após investimento em energia contratada, reduzindo a volatilidade dos preços no segmento de geração

Para analistas da corretora Guide, a empresa tem management com entrega de resultados, está bem posicionada contra o risco hídrico e tem ótima perspectiva de remuneração aos acionistas via dividendos.

IRB (IRBR3)

A companhia é uma opção segura pelo perfil operacional previsível e pela liderança consolidada no mercado brasileiro. Além disso, a companhia tem ampliado sua atuação fora do Brasil, com parceiros importantes. Como todas as seguradoras, o IRB se beneficia em tempos de elevação na taxa de juros. O papel tem uma importante característica anticíclica, pois defende a carteira em tempos mais voláteis, dizem os analistas da Coinvalores.

Magazine Luiza (MGLU3)

A companhia continua apresentando um resultado sólido, com investimentos em abertura de lojas e ampliação do laboratório de inovação e, mesmo assim, vem mantendo um geração de caixa forte. "Dessa forma, acreditamos que seus números possam continuar positivos, mesmo que o cenário continue bastante desafiador, dado o fraco crescimento econômico e a acirrada concorrência", dizem analistas da corretora Coinvalores.

MRV

A boa gestão da MRV abre espaço para a contínua evolução dos indicadores da companhia. O aumento dos lançamentos das construtoras, a queda dos estoques e o aumento do índice de confiança da indústria indicam uma retomada do setor de construção civil. A aprovação do projeto de lei dos distratos aprovada por Michel Temer também auxilia as companhias do setor, dando maior previsibilidade contratual em transações de compra e venda de imóveis.

"Acreditamos que a MRV está mais bem preparada do que seus pares para aproveitar esse momento do mercado que está por vir", diz Daniel Herrera, analista da corretora Toro Investimentos.

Petrobras (PETR4)

A empresa continua se mostrando comprometida para reduzir a sua dívida financeira de cerca de 85 bilhões de dólares. Há ativos que podem ser vendidos e, no horizonte de 2019, está a renegociação da transferência de direitos sobre as áreas do pré-sal com o governo federal. A empresa também segue com programas de desinvestimentos, como a Tag e a Braskem, diz Régis Chinchila, analista da corretora Terra Investimentos.

Além disso, a expectativa que se formou ao redor das estatais por melhores práticas de gestão e menor interferência política deverá alavancar as cotações, mesmo que as privatizações tomem mais tempo do que o esperado, diz um relatório da corretora Elite.

 

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