Atualmente com 84 ações, o Ibovespa pode chegar a 91 na próxima composição, estima o BofA | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
Paula Barra
Publicado em 16 de julho de 2021 às 11h07.
Última atualização em 16 de julho de 2021 às 22h16.
A primeira prévia da nova carteira do Ibovespa , que passará a valer a partir de setembro, será anunciada no dia 2 de agosto. Na avaliação do Bank of America, sete ações são cotadas como possíveis inclusões, sendo a mais provável delas a preferencial do Banco Inter (BIDI4).
As demais que estão no radar são: Rede D'Or (RDOR3), Petz (PETZ3), Alpargatas (ALPA4) e Banco Pan (BPAN4), que, na visão dos estrategistas do banco David Beker, Paula Andrea Soto e Carlos Peyrelongue, podem atender os requisitos de negociação para serem incluídas no Ibovespa, segundo suas estimativas.
Além delas, eles apontam Duratex (DTEX3) e Méliuz (CASH3), que, embora ainda não atendam aos critérios de entrada, podem alcançá-los até o fim de agosto, caso o volume negociado com esses ativos permanece estável.
Para eles, nenhum ativo deve ser excluído, o que levaria a carteira para 91 papéis, considerando a hipótese de que todos os sete expostos acima sejam inseridos. Esse número seria um novo recorde para o índice.
A carteira do Ibovespa é rebalanceada a cada quatro meses: sempre na primeira segunda-feira dos meses de janeiro, maio e setembro de cada ano.
Para chegar à composição final, são divulgadas três prévias pela B3, sendo a primeira delas no primeiro dia útil do mês anterior ao início de vigência da nova carteira; a segunda no pregão seguinte ao 15 dia daquele mês; e a última e definitiva no penúltimo dia de vigência da carteira anterior.
Entre os critérios de seleção para participar do índice, os ativos precisam estar entre aqueles que representem 85% em ordem decrescente do índice de negociabilidade, ter 95% de presença nos pregões, pelo menos 0,1% do volume financeiro do mercado à vista e não ser "penny stock" (ações negociadas a menos de 1 real).
No relatório, os estrategistas do BofA trouxeram também suas estimativas para as futuras alterações na composição do índice.
Segundo eles, as ações de Lojas Americanas (LAME3), Light (LIGT3) e Cesp (CESP6) são as próximas em termos de métricas de negociabilidade a possíveis inclusões. No entanto, eles apontam que a negociabilidade desses papéis precisaria melhorar em relação ao resto do índice para ter maiores chances de entrada.
Por outro lado, Fleury (FLRY3), EcoRodovias (ECOR3) e Engie Brasil (EGIE3), que atualmente fazem parte do Ibovespa, são os membros hoje com as classificações mais baixas em termos de negociabilidade. Na visão dos estrategistas, eles podem correr o risco de serem excluídos em revisões futuras caso essa métrica diminua em relação ao resto do mercado.