São Paulo – Apesar da queda de 10% do Ibovespa em 2013, algumas ações na Bovespa já foram bem precificadas pelo mercado. Com base nas estimativas do BTG Pactual, 20 empresas superaram o preço-alvo traçado pelos analistas do principal banco de investimentos brasileiro. Os dados são referentes ao valor de fechamento do dia 10 de maio.
A geradora de energia elétrica AES Tietê tem ambas as ações negociadas em bolsa (GETI3; GETI4) acima do estimado pelo BTG Pactual. O valor projetado pelo banco é de 17,50 reais e 19,50 reais, respectivamente. No ano, os papéis ordinários têm queda de 6,7% e os preferenciais 6,5%. A recomendação é neutra.
O Banco do Brasil (BBAS3) é o mais sobrevalorizado entre os bancos cobertos pelo BTG Pactual e tem as ações negociadas 13% acima do preço-alvo de 22 reais projetados. No ano, os papéis operam quase estáveis e são negociados a 9,1 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
As ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) aparecem por bem pouco na lista. O BTG Pactual estima um preço-alvo de 33 reais às ações do banco, que terminaram a última sexta-feira vendidas a 33,50 reais. A recomendação é neutra. No ano, os papéis do Bradesco têm alta de 3% e negociam a 11,2 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
A CCR (CCRO3), que atua em concessões rodoviárias e opera a linha 4 (amarela) do metrô paulista, tem um potencial de desvalorização de 7% quando comparado o preço-alvo de 19 reais e o valor de fechamento na sexta-feira (20,34 reais). Ao contrário das demais da lista, os papéis da CCR têm a recomendação de compra no BTG Pactual. No ano, os papéis acumulam uma alta de 3,7% e negociam a 21,2 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
A CESP (CESP6), geradora de energia que tem o estado de São Paulo como o principal acionista, é a empresa com o maior potencial de desvalorização entre as elétricas com uma baixa estimada em 12%. O preço-alvo traçado pelo BTG Pactual é de 19 reais, enquanto as ações terminaram a sexta-feira negociadas a 21,71 reais. As ações negociam a 8,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra. No ano, os papéis marcam uma forte alta de 15%.
A credenciadora de cartões Cielo (CIEL3) opera 13% acima do projetado pelo BTG Pactual aos papéis, que é de 48 reais. Não é por menos, as ações decolaram quase 20% em 2013 e são negociadas a 15,9 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A Estácio (ESTC3) é a única do setor de educação a figurar entre as “bem precificadas” da análise do BTG Pactual. A presença na lista, contudo, é por bem pouco. O preço-alvo do banco, de 49 reais, está um pouco abaixo dos 49,44 reais vistos na bolsa no fechamento de sexta-feira. A recomendação do BTG ainda é de compra. Não é por menos que os papéis da Estácio chegaram ao preço-alvo. No ano, as ações acumulam alta de 17% e são negociadas a 22,1 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
O Itaú Unibanco (ITUB4) tem as ações negociadas 8% acima do preço-alvo de 32 reais projetado pelo BTG Pactual. Os papéis, que tem recomendação neutra, acumulam valorização de 4% em 2013. Os ativos são negociados a 10,4 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
A JSL (JSLG3) está entre as ações mais “bem precificadas” no universo de cobertura do BTG Pactual. O potencial de desvalorização chega a 25%. O preço-alvo do banco é de 12 reais, enquanto as ações terminaram a última sexta-feira vendidas a aproximadamente 16 reais. A empresa, que atua na prestação de serviços de logística para empresas, disparou 15,5% em 2013. As ações negociam a 28,1 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A Klabin (KLBN4), fabricante de papéis especiais e cartão, que tem roubado a cena no Ibovespa nos últimos meses, aparece na lista por apresentar um potencial de desvalorização de apenas 1%. O preço-alvo de 13,50 reais está um pouco acima da cotação de fechamento de 13,68 reais visto na última sexta-feira. No ano, os papéis da Klabin acumulam uma forte alta de 8%. As ações negociam a 22,8 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A M. Dias Branco (MDIA3), fabricante cearense de massas e biscoitos, tem um potencial de desvalorização de 3%. O BTG Pactual projeta um preço-alvo de 86 reais, enquanto as ações terminaram a última sexta-feira negociadas a 88,85 reais. A recomendação é neutra. No ano, os papéis têm forte alta de 13,7%. Os ativos são negociados a 24,3 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
A Magnesita (MAGG3), principal produtora de refratários no Brasil e uma das maiores do mundo, com participação no mercado mundial de 7%, tem um potencial de desvalorização de 8%. O preço-alvo estimado pelo BTG Pactual é de 7 reais, enquanto as ações terminaram a última sexta-feira negociadas a 7,64 reais. No ano, os papéis têm queda de 6,6%. As ações negociam a 16,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A Marcopolo (POMO4), que atua na fabricação de ônibus, também possui as ações “bem precificadas” pelo mercado. O BTG Pactual projeta um preço-alvo de 13 reais aos papéis, que terminaram a última sexta-feira negociados a 13,15 reais. No ano, os papéis da Marcopolo acumulam uma alta de 1,4%. As ações negociam a 16,5 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A Odontoprev (ODPV3), que presta serviços de seguro odontológico, tem um potencial de desvalorização de 8%. O preço-alvo do BTG Pactual às ações é de 9 reais, que terminaram a última sexta-feira negociadas a 9,80 reais. No ano, os papéis têm uma desvalorização de 9%. Os papéis são negociados a 32,9 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação dos analistas é de venda.
A distribuidora de medicamentos – e que recentemente também estreou no varejo de farmácias –, Profarma (PFRM3), negocia muito próximo ao seu valor justo projetado pelo BTG Pactual, de 21 reais. As ações, que terminaram a última sexta-feira vendidas a 21,30 reais, decolaram quase 50% em 2013. Com isso, os papéis são negociados a 13,5 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A Providência (PRVI3), que atua na venda de produtos de plástico em geral, incluindo tecidos não-tecidos (usado na fabricação fraldas descartáveis, absorventes higiênicos, lenços umedecidos, etc.), tem um potencial de desvalorização de 18% nas contas do BTG Pactual que projetam a empresa um preço-alvo de 7 reais. As ações negociam a 9,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra. No ano, os papéis marcam uma queda de 3,3%.
As ações da seguradora Porto Seguro (PSSA3) negociam 14% acima do estimado pelo BTG Pactual para o preço-alvo, de 22 reais. Os papéis dispararam 12% neste ano e estão muito acima do visto no Ibovespa, que amarga uma queda de 10%. A recomendação é neutra. No ano, os papéis operam quase estáveis e são negociados a 11,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
A Randon (RAPT4), que fabrica carrocerias para caminhões e autopeças, tem um potencial de desvalorização de 4%. Enquanto o preço-alvo traçado pelo BTG Pactual é de 13 reais, as ações terminaram a última sexta-feira negociadas a 13,53 reais. A recomendação dos analistas é neutra. No ano, a Randon tem uma de 2,8%. As ações negociam a 16,8 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013.
Com uma alta de 10% em 2013, a geradora de energia elétrica Tractebel (TBLE3) superou o preço-alvo projetado pelo BTG Pactual de 35 reais e encerrou a última sexta-feira negociada a 36,06 reais. A diferença sugere um potencial de desvalorização de 3%. As ações negociam a 13,2 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. A recomendação é neutra.
A dona dos postos Ipiranga, a Ultrapar (UGPA3), negociada a 55 reais, tem um potencial negativo de 6% considerando o preço-alvo de 51,50 reais estimado pelo BTG Pactual. A recomendação do banco é neutra. As ações negociam a 26,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2013. No ano, os papéis marcam uma alta de 19,4%%.
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