As 21 empresas que estão recomprando as próprias ações
Ao recomprar ações, as empresas dão sinais positivos ao mercado em relação a estrutura de capital, preço dos papéis e interesse pelos acionistas minoritários
(Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 11h01.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h33.
Desde janeiro, 21 empresas anunciaram programas de recompra de ações de própria emissão. De forma geral, é uma boa sinalização que dão ao mercado. Roberto Altenhofen, analista da Empiricus Research, aponta três sinais que a empresa pode transmitir ao mercado quando compra as próprias ações: estrutura de capital confortável, ações em um preço interessante, interesse pelos acionistas minoritários. “Em um momento de questionamento da liquidez nos mercados internacionais, e quando muitas empresas apresentam problemas de alavancagem, é uma forma de a empresa mostrar que tem uma boa estrutura de capital, o suficiente para recomprar ações em circulação”, explica Altenhofen. Além disso, o analista explica que ao tomar a iniciativa de comprar suas ações, a empresa demonstra aos investidores que seus papéis estão em um preço interessante de compra. Por último, ele destaca que a recompra pode também ser entendida como uma forma da empresa mostrar seu interesse pelos acionistas minoritários. “Ações em tesouraria não pagam dividendos, aumentando o retorno para o investidor minoritário”, justifica. Veja a seguir as 21 empresas que estão recomprando ações de própria emissão.
O Bradesco anunciou em 25 de junho o seu programa de recompra de ações. A empresa vai recomprar até 15 milhões de ações para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. Segundo o documento serão comprados até 7,5 milhões de papéis ordinários (BBDC3) e o mesmo montante em preferenciais (BBDC4) Intermediam a operação: Bradesco e Ágora. Volume financeiro: R$435 milhões Variação desde o anúncio: 0% Variação em 12 meses: BBDC3: 39,18% BBDC4: 7,19%
A BM&FBovespa (BVMF3) anunciou no dia 25 de junho um novo programa de recompra das ações, envolvendo até 60 milhões de papéis. Segundo a empresa, o programa terá duração de 365 dias, contados a partir de 1º de julho. Além disso, As ações adquiridas no âmbito do programa serão canceladas ou utilizadas para atender ao exercício das opções de compra de ações pelos beneficiários do plano de opção de compra de ações. Volume financeiro: R$726 milhões Variação desde o anúncio: 0% Variação em 12 meses: -12,9%
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou no dia 14 de junho que vai recomprar até 50 milhões de ações. Segundo o banco, o programa tem como objetivo a geração de valor para os acionistas. Os papéis adquiridos serão mantidos em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação. O prazo do programa é de até 365 dias e Votorantim, UBS Brasil e Gradual vão intermediar a operação. Volume financeiro: R$1,05 bilhão Variação desde o anúncio: -7,73% Variação em 12 meses: 16,25%
A administradora de shoppings centers BR Malls (BRML3) anunciou em 8 de maio seu programa de recompra de ações. Segundo fato relevante, poderão ser adquiridas até 22,8 milhões de ações ordinárias. Os papéis recomprados permanecerão em tesouraria para posterior alienação ou cancelamento. A operação será intermediada por Itaú Corretora, Credit Suisse, Merril Lynch, Bradesco Corretora, Goldman Sachs do Brasil, J.P. Morgan, XP Investimentos, Deutsche Bank, Morgan Stanley, BTG Pactual. Volume financeiro: R$ 450 milhões Variação desde o anúncio: -15,98% Variação em 12 meses: -13,54%
A dona da marca Le Lis Blanc anunciou, em 13 de maio, a recompra de até 17,2 milhões de ações de própria emissão. Segundo a Restoque (LLIS3), as ações vão permanecer em tesouraria e os bancos Morgan Stanley, Votorantim e J.P. Morgan intermediam a operação. Volume financeiro: R$135,8 milhões Variação desde o anúncio: -11,95% Variação em 12 meses: -28,56%
A seguradora Porto Seguro (PSSA3) anunciou em 20 de fevereiro a recompra de 5 milhões de ações que serão mantidas em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação. A Itaú Corretora faz a intermediação. Volume financeiro: R$121 milhões Variação desde o anúncio: 0,1% Variação em 12 meses: -2,4%
A Minerva (BEEF3) anunciou seu programa de recompra de ações em 18 de fevereiro. O frigorífico pretende comprar 9.542.485 ações ordinárias, com o objetivo de aplicar de forma eficiente dos recursos disponíveis, com expectativa de rentabilidade no médio e longo prazo. A UBS Brasil intermedia a operação. Volume financeiro: RS100,1 milhões Variação desde o anúncio: -21,24% Variação em 12 meses: 32,39%
O Banco Daycoval (DAYC4) anunciou três programas de recompra de ações preferenciais: um em janeiro, que pretende adquirir 6,426 milhões de ações, outro em fevereiro, com mais 3,153 milhões de papéis e mais um em março, com outras 840 mil ações.Segundo a empresa, o objetivo das operações é de promover a aplicação eficiente dos recursos disponíveis. As ações podem ser canceladas. Intermediam a operação: Santander, Goldman Sachs, Barclays. Volume financeiro: R$89,6 milhões Variação desde o 1º anúncio: -13,8% Variação em 12 meses: 3,36%
A fabricante de calçados Grendene (GRND3) anunciou em 28 de fevereiro que pretende recomprar 3,5 milhões de ações de própria emissão. O objetivo, segundo a empresa, é de lastrear o plano de incentivos aos administradores e empregados elegíveis ao programa “opção de compra de ações”. Bradesco Corretora faz a intermediação da operação. Volume financeiro: R$67,44 milhões Variação desde o anúncio: 7,8% Variação em 12 meses: 101,09%
A construtora MRV (MRVE3) anunciou que, entre 18 de junho de 2013 e 9 de agosto de 2014, vai recomprar até 8,58 milhões de ações. Segundo a empresa, as ações adquiridas vão permanecer em tesouraria para posterior alienação ou cancelamento. Intermediam a operação: Santander, Credit Suisse, Bradesco, BTG Pactual, Itaú Corretora, HH Picchioni e Brasil Plural. Volume financeiro: R$57,3 milhões Variação desde o anúncio: -1,48% Variação em 12 meses: -25,12%
A Gerdau (GGBR4) anunciou seu programa de recompra para o período de 19 de fevereiro de 2013 e 19 de fevereiro de 2014. As 4,1 milhões de ações que podem ser recompradas vão servir para lastrear o plano de incentivos aos administradores e empregados elegíveis ao programa “opção de compra de ações”. As intermediadoras da operação são a Itaú Corretora e a Bradesco Corretora. Volume financeiro: R$52,84 milhões Variação desde o anúncio: -21,09% Variação em 12 meses: -24%
A Bradespar (BRAP4) anunciou em 31 de janeiro o programa de recompra de 500 mil ações ordinárias (BRAP3) e 1 milhão preferenciais (BRAP4). Segundo, a empresa o objetivo é aplicar as reservas disponíveis para aumento de capital e as ações serão mantidas em tesouraria. O período de recompra vai até 1º de agosto. Coordenam a operação as corretoras Bradesco e Ágora. Volume financeiro: R$32,38 milhões Variação desde o anúncio: -36,72% (BRAP3); -28,23% (BRAP4) Variação em 12 meses: 2,77% (BRAP3); -31,02% (BRAP4)
No período de 22 de fevereiro deste ano a 25 de fevereiro do ano que vem, a Duratex (DTEX3) planeja recomprar 2 080 000 ações ordinárias. Segundo a empresa, o objetivo é promover a aplicação eficiente dos recursos disponíveis e as ações poderão ser canceladas. A Itaú corretora é a intermediador. Volume financeiro: R$27,56 milhões Variação desde o anúncio: -0,86% Variação em 12 meses: 46,63%
A Direcional Engenharia (DIRR3) irá recomprar até 2 milhões de ações de sua própria emissão entre 11 de junho deste ano e 13 de junho de 2014. As compras serão intermedias pela corretora do BTG Pactual. Depois de adquiridas, as ações serão alienadas ou canceladas. Volume financeiro: R$26,16 milhões Variação desde o anúncio: -7,57% Variação em 12 meses: 40,77%
A Tarpon Investimentos (TRPN3) anunciou que recompraria ações de sua emissão no período entre 28 de janeiro de 2013 e 28 de janeiro de 2014. A operação tem objetivo de maximizar a geração de valor para os acionistas, e segundo a empresa, as ações podem ser canceladas. Serão recompradas 18 700 448 ações ordinárias, numa operação coordenada pelas corretoras: Ágora, Credit Suisse Hedging-Griffo, Itaú Corretora, Merrill Lynch e XP Investimentos. Volume financeiro: R$25,71 milhões Variação desde o anúncio: -10,82% Variação em 12 meses: 3,69%
A petroleira Queiroz Galvão (QGEP3) anunciou em 6 de maio a recompra de 2,3 milhões ações ordinárias. O programa de recompra vai atender às condições do plano de opção de compra de ações. Segundo a empresa, as ações poderão ser canceladas. Credit Suisse e Itaú Corretora intermediam a operação. Volume financeiro: R$25,33 milhões Variação desde o anúncio: -3,55% Variação em 12 meses: 50,53%
A Metalfrio (FRIO3) vai recomprar 3,5 milhões de ações ordinárias entre 15 de maio deste ano e 15 de maio de 2014. Segundo a empresa, as ações vão permanecer em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação. Morgan Stanley e Votorantim vão intermediar a operação. Volume financeiro: R$12,7 milhões Variação desde o anúncio: -3,21% Variação em 12 meses: -3,94%
A metalúrgica Metisa (MTSA4) vai recomprar 240 mil ações entre 18 de abril de 2013 e de 2014. As ações vão permanecer em tesouraria. A Elite corretora faz a intermediação da operação. Volume financeiro: R$4,7 milhões Variação desde o anúncio: -12,67% Variação em 12 meses: -9,37%
A CSU Cardsystem (CARD3) anunciou em 27 de maio seu programa de recompra de ações. A empresa vai recomprar 1 milhão de ações para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. Intermediam a operação: Bradesco, BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú Corretora e Brasil Plural. Volume financeiro: R$2,8 milhões Variação desde o anúncio: 4,02% Variação em 12 meses: -19,07%
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