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As 10 ações que mais subiram em outubro

Empresas com forte queda no ano se recuperaram no mês

Investidores ficaram otimistas com a perspectiva de uma solução para a crise da dívida na zona do euro (Spencer Platt/Getty Images)

Investidores ficaram otimistas com a perspectiva de uma solução para a crise da dívida na zona do euro (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 19h44.

São Paulo – O mês de outubro foi o melhor para a bolsa brasileira desde maio de 2009 e também um dos mais brilhantes para algumas das empresas listadas na Bovespa que amargavam fortes perdas neste ano. O índice disparou 11,5% e chegou a 58.338 pontos.

O destaque foi o frigorífico JBS. O mês começou agitado para a empresa, que logo precisou negar uma possível fusão com os concorrentes Marfrig e Minerva. Além disso, o JBS anunciou a contração de um diretor para a área de produtos industrializados e processados de carne no Brasil.

A desvalorização de 9,5% do dólar também ajudou ao diminuir a pressão sobre a dívida em moeda estrangeira. O impacto também foi sentido na Marfrig, outra que figura entre as melhores do mês com uma alta de 21,5%. No ano, contudo, as perdas do JBS ainda são de 28% e da concorrente de 51%.

A Gol foi outra que surpreendeu. Após um mês desafiador com a valorização da moeda americana em 18%, a companhia aérea também gozou de um alívio com o fortalecimento do real. O dólar afeta cerca de 60% a 70% dos custos das aéreas. A expectativa de um aumento gradual das tarifas até o final do ano contribuiu para a melhora do cenário.

Empresa Código Preço (R$) Var. Mês (%) Var. Ano (%)
JBS JBSS3 5,16 42,15 -28,03
Gol GOLL4 13,51 31,93 -45,7
Cyrela CYRE3 15,01 28,18 -29,87
MRV MRVE3 12,1 25,65 -21,48
Rossi RSID3 10,85 23,58 -25,05
PDG PDGR3 7,57 23,49 -24,18
OGX Petróleo OGXP3 14,2 23,48 -29
Klabin KLBN4 6,32 23,05 12,66
Hering HGTX3 38,35 22,09 44,1
Marfrig MRFG3 7,45 21,53 -51,56

Setor imobiliário

A Cyrela aparece na terceira posição do ranking. A incorporadora e construtora é ainda seguida pelas concorrentes do setor MRV, Rossi e PDG. Os papéis do setor imobiliário foram beneficiados pela continuidade do relaxamento da política monetária no Brasil, que foi acompanhado pela redução das estimativas do mercado para a inflação em 2012.


Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central manteve a política de redução da taxa básica de juros, iniciada em agosto, e baixou a taxa Selic de 12% para 11,5% ao ano. Na ata divulgada uma semana depois, o BC indicou que “ajustes moderados” são consistentes com a convergência da inflação para a meta no ano que vem.

OGX

A empresa de exploração e produção de petróleo de Eike Batista também presenteou os investidores com uma disparada de 23,5%. O mercado está mais otimista com a proximidade do início da produção de petróleo, o que deve acontecer entre novembro e dezembro deste ano.

A OGX recebeu no início de outubro o primeiro navio-plataforma, que começará a produzir entre novembro e dezembro com uma média de produção de 33 a 40 mil barris em 2012. O primeiro contrato de venda de petróleo foi assinado com a Shell e prevê a entrega de 1,2 milhão de barris.

Hering

A varejista de vestuário segue como uma das queridinhas do mercado. Ao contrário das demais e junto com a Klabin (a sétima da lista), as ações da Hering estão em alta no ano. E ela é, aliás, a terceira melhor com uma valorização de 44,1%.

A empresa, que neste mês estreou no Ibovespa, apresentou um crescimento de 9% nas vendas das chamadas mesmas lojas – as unidades com, no mínimo, 12 meses de operação – no terceiro trimestre do ano. O avanço representa uma desaceleração na em relação ao crescimento de 16% no segundo trimestre deste ano.

Mas a notícia não arranhou as ações. A receita bruta do período, que engloba também as vendas realizadas fora das lojas próprias, saltou 34,6% na comparação com 2010, para 386,69 milhões de reais. Além disso, a Hering anunciou a ampliação da meta de abertura de lojas no ano, que passou de 71 para 86.

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