São Paulo – Após uma semana de acentuada volatilidade, o Ibovespa encerrou o período com uma queda de 1,92%, aos 48.474 pontos. Dentre as referências do último pregão da semana esteve o importante balanço do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Os números de criação de postos de trabalho de julho vieram abaixo do previsto, mas a taxa de desemprego caiu mais que o esperado e os investidores ainda digerem os números e tentam ver as implicações para o futuro da política monetária dos Estados Unidos. O número mais esperado do dia foi divulgado pelo Departamento de Trabalho nesta sexta-feira e mostrou a criação de 162 mil vagas em julho, abaixo dos 183 mil postos esperados pelos economistas, de acordo com consenso calculado pela Dow Jones.

O desempenho semanal do Ibovespa também foi influenciado pela notícia de que o Federal Reserve (Fed) que vai manter o programa de compra de ativos, no valor de US$ 85 mil milhões por mês, como estímulo à economia do país. Além disso, o Fed também manteve inalteradas as taxas de juros. Agosto entra em cena dividindo o investidor entre as chances de garimpar oportunidades em alguns papéis descontados e os temores em relação ao rumo macroeconômico herdados de uma forte crise global.

Em alta

A maior valorização da semana fica para as ações da Ambev (AMBV4), com alta de 6,73%. O aumento de custos e despesas que pesaram nos resultados da empresa no segundo trimestre devem ser diluídos na segunda metade do ano e podem diminuir a pressão sobre margens, mas impostos maiores também pode afetar os volumes.

De abril a junho, a maior fabricante de bebidas da América Latina conseguiu apresentar uma melhora nos volumes, mas o impacto dos custos e do câmbio pressionaram a linha final do balanço, levando a uma queda de 1,1% no lucro, no ano a ano, que encerrou junho em 1,88 bilhão de reais. Analistas esperavam Ebitda praticamente em linha com o apresentado pela empresa, de 3,23 bilhões de reais. Mas o lucro líquido veio abaixo da estimativa de 2,08 bilhões, segundo a média de estimativas recolhidas pela Reuters.

"A gente deve perceber melhoras das despesas no segundo semestre, fechando o ano em linha com a inflação", disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da empresa de bebidas, Nelson Jamel.

Empresa	Código	Preço R$	Var. Sem %
Ambev	AMBV4	87,39	6,73
BRF	BRFS3	50,20	4,39
Gerdau	GGBR4	15,08	4,00
ALL	ALLL3	9,23	3,48
TIM	TIMP3	8,88	3,38
Met. Gerdau	GOAU4	18,87	3,11
Itaú Unibanco	ITUB4	29,90	3,10
Fibria	FIBR3	25,64	2,93
Itaúsa	ITSA4	8,65	2,37
Banco do Brasil	BBAS3	22,81	1,42

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Em Baixa

As ações preferenciais da Oi (OIBR4) amargam o posto de maior baixa da semana, perdendo 12,63% no período. Dentre as recentes notícias sobre a companhia está a de que a Oi não conseguiu cumprir a meta de manter a relação de dívida líquida com o EBITDA abaixo de 3x.

Em fato relevante, a operadora afirmou que, diante dos dados levantados relativos ao segundo trimestre (encerrado em 30 de junho), a alavancagem da companhia ultrapassou o limite do índice previsto na política de remuneração aos acionistas divulgada em abril de 2012. "Em vista disso, não foi observada essa condição, considerada essencial para a companhia, para se efetuar o pagamento dos dividendos aos acionistas no mês de agosto", explicou a Oi no comunicado.

As ações preferenciais da Oi registram uma desvalorização de 44,5% no acumulado de 2013.

Empresa	Código	Preço R$	Var. Sem. %
Oi	OIBR4	4,22	-12,63
MMX	MMXM3	1,52	-11,63
Gafisa	GFSA3	2,72	-11,40
LLX	LLXL3	0,88	-11,11
Oi	OIBR3	4,56	-11,10
Eletrobras	ELET6	8,22	-9,47
PDG	PDGR3	1,81	-9,05
Eletrobras	ELET3	4,52	-8,87
Souza Cruz	CRUZ3	26,01	-7,83
Sabesp	SBSP3	21,84	-7,42