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As 10 ações que mais subiram e caíram na semana

Perto de concluir reorganização, ações do grupo Oi ocupam queda e alta

Loja da Oi no Rio de Janeiro (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi no Rio de Janeiro (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2012 às 17h48.

São Paulo – O Ibovespa perdeu nesta semana o patamar dos 64 mil pontos. No período, a queda foi de 1,27%, e há quem acredite que a bolsa possa chegar a uma pontuação ainda menor até o final do ano.

Nesta semana, ações do mesmo grupo ocuparam tanto o grupo de alta quanto de queda. A Oi está perto de completar sua reestruturação, já que a expectativa é que na segunda-feira as sete classes e espécies de ações que o grupo negocia virem apenas OIBR3 e OIBR4.

Os papéis ligados à operação tiveram tendências opostas na bolsa e enquanto TNLP3 subiu, TMAR5 se sobressaiu como baixa. “As ações TMAR5 são as que estavam com o preço mais desajustado sobre a relação de troca e esta semana foi a última que o mercado teve para fazer esse ajuste”, afirma Alex Pardellas, analista do Banif.

Enquanto isso, TNLP3 sobe ainda refletindo os pontos positivos da reestruturação. “A companhia deve ter uma estrutura societária mais simples, o que deve diminuir os riscos”, afirma.

Tanto para OIBR3 quanto para OIBR4, a recomendação do Banif é de compra, com preço-alvo de 18,50 para as ações ordinárias e de 15,50 para as preferenciais.

Confira as 10 ações que mais subiram e mais caíram no Ibovespa nesta semana:

Código Empresa Preço (R$) Var. (%) Código Empresa Preço (R$) Var. (%)
CYRE3 Cyrela Realty  17,3 7,12 TMAR5 Telemar Norte Leste  42,67 -10,94
TNLP3 Telemar  27,75 6,73 GOLL4 GOL  11,3 -7,3
DASA3 Dasa  14,9 6,35 BBAS3 Banco do Brasil  24,13 -7,01
CCRO3 CCR  15,65 5,89 PDGR3 PDG Realty  5,93 -6,02
MRVE3 MRV  13,67 5,56 PETR4 Petrobras  22 -5,78

Altas

Entre os destaques de alta, figuraram também as ações da Cyrela. Em relatório enviado para clientes nesta semana, os analistas do Credit Suisse aumentaram a recomendação para os papéis da empresa de “neutro” para “outperform” (desempenho acima da média do mercado).

O preço-alvo para as ações da empresa, que é uma das principais escolhas do Credit no setor, é de 20,50 reais. “Acreditamos que ainda há espaço para um bom desempenho futuro da Cyrela”, afirmaram os analistas Guilherme Rocha, Daniel Gasparete e Vanessa Quiroga. Eles destacam que, no setor, a Cyrela é uma das empresas com maior probabilidade de conseguir uma geração de caixa sustentável.


Outro destaque de valorização foi a Diagnósticos da América. Após divulgar resultados e cair 6,28% na semana passada, a empresa terminou esta semana em alta.

Logo na segunda-feira, a empresa anunciou a saída de Marcelo Noll Barboza da presidência da companhia. Romeu Côrtes Domingues, atual presidente do conselho de administração, assumirá o comando da Dasa de maneira interina.

Embora os papéis tenham subido após o anúncio, analistas estão céticos com a manutenção da alta após a notícia. Em relatório, os analistas Luciano Campos e Caio Moscardini, do HSBC, levantaram a hipótese da sucessão não ter sido bem planejada, já que não há um substituto imediato e definitivo. Além disso, encontrar executivos para esse tipo de cargo não é tarefa fácil. “A escolha de um substituto para Barboza pode levar um longo período, podendo deixar a DASA sem uma diretoria completa permanente durante boa parte de 2012”, estimam eles.

Com isso, os analistas reduziram o preço-alvo para os papéis de 16 reais para 14,50 reais, abaixo da cotação atual, e mantiveram a recomendação de underweight (alocação sugerida abaixo do mercado).

Os analistas do Bank of America Merrill Lynch também estão céticos com a mudança. “Em nossa visão, essa mudança na direção traz incerteza no curto prazo para a Dasa e, até que o CEO definitivo seja anunciado, pode representar desafios para a ação”, afirma Thomas Humpert em outro relatório.

Baixas

Os papéis do Banco do Brasil também ficaram entre as principais quedas do Ibovespa na semana, após a instituição anunciar redução em suas taxas de juros. Em relatório enviado para clientes, os analistas do HSBC Victor Galliano e Mariel Santiago calcularam quanto a medida poderia ter de impacto nas margens da empresa. Pela análise, a margem de intermediação financeira terá queda de aproximadamente 80 pontos base neste ano, o dobro do esperado.

Logo em seguida, ficaram os papéis da GOL, que vêm enfrentando dificuldades no pregão.

Nesta semana, novas notícias deram impulso à queda. A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou o rating da empresa com base na geração de fluxo de caixa da empresa, mostra uma nota enviada ao mercado nesta terça-feira. A nota de crédito em moeda estrangeira de longo prazo passou de BB- para B+ e a em escala nacional caiu de A- para BBB. A nota tem perspectiva negativa.

Os analistas da Citi Corretora não apostam numa possível recuperação da empresa na bolsa. Em relatório enviado para clientes nesta semana, os analistas Fernando Siqueira e Hugo Rosa reiteraram a recomendação de venda das ações, consideradas de alto risco. O preço alvo é de 9,74 reais, abaixo do preço atual da ação.

“Reiteramos nossa recomendação não apenas pela nossa visão sobre as desvantagens estruturais das companhias aéreas domésticas do Brasil, mas também devido às frequentes mudanças de estratégia da GOL”, afirmaram os analistas no documento.

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