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As 10 ações que mais sobem e caem no semestre; OGX é destaque

Petroleira de Eike Batista caminha para fechar os primeiros seis meses do ano como maior queda, enquanto Sabesp sobe forte

Plataforma da OGX: empresa caminha para fechar semestre como maior queda

Plataforma da OGX: empresa caminha para fechar semestre como maior queda

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 11h21.

São Paulo – O Ibovespa caminha para terminar o primeiro semestre do ano em queda. Até às 10h40, a desvalorização do índice já chegava a 4,88%, aos 53.983 pontos. As preocupações com a situação na zona do euro novamente pesaram para os mercados globais e para o índice brasileiro.

Durante o início deste ano, as preocupações com a Grécia dominaram boa parte do cenário para o mercado financeiro. O país passou por uma eleição “sem eleitos” em maio, quando todas as tentativas de formar um governo de coalizão fracassaram. Com isso, convocou um novo pleito realizado neste mês. O resultado foi a vitória do partido Nova Democracia, o que sanou parte da preocupação do mercado sobre uma possível saída do país da zona do euro.

Com a tragédia grega fora de cena, foi a vez de a Espanha, que já preocupava muita gente, ganhar mais destaque no radar do mercado. O país passa por uma crise bancária e demorou bastante tempo para oficializar um pedido de ajuda financeira.

Confira as dez ações do Ibovespa que caminham para fechar o semestre como maiores altas e baixas (atualizado às 10h40):

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Empresa Ação Preço (R$) Variação %   Empresa Ação Preço (R$) Variação %
Sabesp SBSP3 77,17 54,39   OGX OGXP3 5,29 -61,16
Cielo CIEL3 59,74 51,78   Usiminas USIM3 7,74 -54,68
Cemig CMIG4 37,82 49,42   Gafisa GFSA3 2,53 -38,59
TAM TAMM4 52,75 47,76   PDG Realty PDGR3 3,52 -38,56
Ultrapar UGPA3 45,31 43,45   Usiminas USIM5 6,29 -37,64
Hypermarcas HYPE3 11,75 38,24   B2W BTOW3 5,68 -36,89
CCR CCRO3 16,24 33,4   Rossi Residencial RSID3 4,87 -36,76
Souza Cruz CRUZ3 29,79 32,3   LLX LLXL3 2,15 -36,2
Natura NATU3 47,6 31,27   Brookfield BISA3 3,36 -29,48
Br Malls BRML3 23,28 29,33   Gol GOLL4 9,15 -26,45

Dois dias definem queda da OGX

As ações da OGX (OGXP3), que caminham para encerrar não só o mês de junho, mas o semestre como a maior queda do Ibovespa, tiveram esse cenário definido em apenas dois dias.

A companhia divulgou na noite de terça-feira os resultados dos testes de vazão no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. A expectativa (da própria empresa) era de que a região apontasse um potencial de 15 mil a 20 mil barris de petróleo por dia. Resultado oficial: 5 mil barris por dia.


“Embora ainda seja um nível absoluto de produção bom, ele é abaixo do menor nível que foi estimado pela diretoria. Achamos que isso é uma enorme decepção que pode ter um efeito duradouro sobre o preço da OGX”, afirmaram Frank McGann e Conrado Vegner, analistas do Bank of America Merrill Lynch, em relatório.

Com os números, a ação, que já vinha caindo, registrou forte queda no primeiro pregão após o anúncio. A quarta-feira, dia 27, rendeu uma desvalorização superior a 25% para o papel.

Na tentativa de reverter o quadro, o empresário Eike Batista convocou uma teleconferência para explicar os números. Não deu certo. Na quinta-feira, os papéis caíram mais 19,20%.

Nesta sexta-feira, as ações reverteram a tendência e na máxima do dia, marcam alta de 10,3%.

Usiminas cai e acende alerta

A Usiminas passou no início deste ano por dois rebaixamentos de rating, um pela Moody’s outro pela Fitch.

Em relatório, a Moody's afirmou que a ação refletia a deterioração dos resultados operacionais da empresa durante o primeiro trimestre deste ano, uma tendência que ficou evidente ainda em 2009 quando o enfraquecimento no mercado brasileiro e global de aço começou a interferir.

Já a Fitch destacou que os fundamentos de crédito da Usiminas começaram a se enfraquecer em 2008 como resultado do aumento dos custos, pressões de preços e um ciclo de investimentos pesados. “Esses fatores resultaram em uma mudança estrutural no perfil de crédito da empresa e no afastamento dos fortes níveis históricos”, afirmou o analista Jay Djemal, da agência de rating, em comunicado.

As notícias sobre a empresa trouxeram uma queda forte para o papel no ano e, segundo analistas do Citi, nem essa desvalorização tornou o ativo uma boa opção de compra.

Em relatório enviado para clientes, os analistas Fernando Siqueira e Hugo Rosa destacaram que a empresa está chegando perto da fase mais intensiva de investimentos em seu projeto de mineração. O caixa operacional da companhia, porém, é baixo e insuficiente para cobrir as necessidades desse projeto, estimam os analistas.


“Além disso, a empresa já teve que renegociar covenants recentemente, o que deve dificultar novas captações”, afirmam. Essa renegociação aconteceu em junho, quando os debenturistas da quarta emissão de papéis da siderúrgica aprovaram o descumprimento de índice de índices de endividamento ao final dos segundo e quarto trimestres deste ano mediante pagamento pela empresa de taxa de 0,3 por cento do valor nominal unitário dos papéis.

Sabesp já sobe quase 60%

A alta das ações da empresa de saneamento Sabesp já beira os 60% no semestre. Conforme aponta uma reportagem da agência Bloomberg, investidores acreditam que a empresa possa se beneficiar com novas políticas de reajusta de tarifas.

Além disso, o papel é visto como proteção num cenário de desaceleração econômica brasileira, já que a receita da companhia não costuma receber um impacto tão forte nesse caso.

Cielo continua subindo

Os papéis da credenciadora de cartões Cielo também registram forte alta na bolsa neste ano. Embora exista a expectativa de que a companhia perca alguma fatia de mercado com o cenário competitivo, a empresa e a concorrente Redecard devem continuar como as maiores do mercado, conforme apontou o analista Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos, em relatório para clientes.

Embora a empresa tenha bons fundamentos, ele destaca que a ação já subiu muito e pode estar perto de perder espaço para mais valorização.

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