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Argentina e credores não cedem e tensão aumenta na reformulação da dívida

Faltando apenas um dia para que as negociações para reestruturar 65 bilhões de dólares em títulos sejam encerradas, o diálogo parece ter parado

Alberto Fernández: "Vamos pagar o máximo que pudermos. Nem um milímetro a mais. E nisso sou inflexível" (Ricardo Ceppi/Getty Images)

Alberto Fernández: "Vamos pagar o máximo que pudermos. Nem um milímetro a mais. E nisso sou inflexível" (Ricardo Ceppi/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de junho de 2020 às 09h29.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 09h31.

A tensão entre a Argentina e seus credores aumentou na quarta-feira depois que os dois lados se mantiveram inflexíveis nas negociações para reestruturar a dívida externa do país.

Faltando apenas um dia para que as negociações para reestruturar 65 bilhões de dólares em títulos sejam encerradas, o diálogo parece ter parado, embora o presidente argentino, Alberto Fernández, tenha dito na quarta-feira à noite que espera aproximar as posições entre os dois lados nos próximos dias.

"Vamos pagar o máximo que pudermos. Nem um milímetro a mais. E nisso sou inflexível", disse Fernández em entrevista ao canal de televisão Telefé.

O governo publicou os ajustes finais para a sua oferta, o que implica um valor presente líquido de 50 dólares a cada 100, mais um cupom ligado às exportações do país, disseram duas fontes oficiais à Reuters na quarta-feira.

Por outro lado, um grande grupo de credores disse que o governo rejeitou sua oferta de reestruturação e que as negociações falharam.

"O governo acredita que a proposta dos credores tem um custo insustentável para os argentinos", disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada.

"O presidente não vai mais ceder", acrescentou, observando que o governo notou uma falta de coordenação entre diferentes grupos de credores e que a posição mais dura é sustentada pelo fundo BlackRock, o maior gestor de ativos do planeta.

O grupo de credores "Ad Hoc", que inclui os fundos Fidelity, AllianceBernstein e BlackRock, disse que, devido ao fracasso nas negociações com o governo, estava analisando "todos os direitos e recursos disponíveis".

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