Mercados

Areva pede suspensão de ações antes de reunião

A administração da empresa deverá apresentar ao conselho os planos para abandonar os negócios de energia nuclear em vários países, incluindo a Alemanha

Os papéis da Areva de engenharia nuclear caíram 43% desde o desastre na usina do Japão (Sean Gallup/Getty Images)

Os papéis da Areva de engenharia nuclear caíram 43% desde o desastre na usina do Japão (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 08h51.

Paris - A negociação das ações na companhia de engenharia nuclear controlada pelo governo francês Areva foi suspensa nesta segunda-feira a pedido do grupo, após relatos da imprensa e comunicados públicos antes de uma reunião do conselho de fiscalização, durante a qual um plano estratégico - incluindo os potenciais cortes de emprego - deverá ser anunciado.

"Após rumores da imprensa no domingo, 11 de dezembro, e segunda, 12 de dezembro, e comunicados públicos datados ontem, relacionados ao grupo Areva e à luz da reunião do conselho de fiscalização, que será realizada hoje, o grupo pediu para a Euronext Paris (bolsa francesa) suspender a listagem de nossas ações", disse a empresa em breve comunicado, segundo o Wall Street Journal.

A administração da Areva deverá apresentar ao conselho sua avaliação das consequências para a companhia dos prospectos financeiros após a catástrofe nuclear na usina de Fukushima, no Japão, em março, e os planos resultantes para abandonar os negócios de energia nuclear em vários países, incluindo a Alemanha, onde a Areva emprega cerca de 5,7 mil pessoas, com 5 mil delas nesse setor.

A Areva é controlada majoritariamente pelo governo francês, diretamente e indiretamente, com menos de 4% detidos publicamente. Os papéis da companhia declinaram 43% desde o desastre nuclear no Japão. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:AçõesEnergiaEnergia nuclearInfraestrutura

Mais de Mercados

Banco do Brasil tem lucro de R$ 9,5 bilhões no 3º tri, alta de 8%

Nubank supera consenso, com lucro de US$ 553 milhões no terceiro trimestre

Estrangeiros tiram mais de R$ 1 bi da B3 desde vitória de Donald Trump

Por que o guru dos mercados emergentes está otimista com novo governo Trump